ESG

Google aumenta emissão de CO2 em 13%

Empresa corre contra o tempo para cumprir compromisso de sustentabilidade previsto para 2030.

03 de julho de 2024 - 15:30
Foto: Depositphotos

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A Google admitiu que, apenas no ano passado, emitiu 14,3 milhões de toneladas de gás carbônico, um aumento de 13% no comparativo com 2022.

Além disso, suas emissões de gases do efeito estufa cresceram 48% desde 2019.

A revelação foi feita através de um relatório ambiental divulgado na última terça-feira, 2, que prestou contas sobre um compromisso de sustentabilidade que a companhia assumiu até 2030.

Segundo a Google, os resultados foram impactados pelo aumento do consumo de energia de datacenters usados para treinar e implantar os modelos e serviços de IA, assim como a tecnologia de machine learning usada para rodar sua ferramenta de busca, que pode consumir até 10 vezes mais energia do que softwares padrão.

A empresa afirma que as coisas irão piorar antes de melhorar e que, mesmo aumentando a pegada de carbono agora, suas tecnologias de IA irão compensar de outras formas, como gerando rotas mais eficientes para automóveis.

No balanço final, a big tech espera que a inteligência artificial possa mitigar de 5% a 10% da emissão global de gases de efeito estufa até 2030.

“Conforme integramos AI em nossos produtos, reduzir as emissões pode ser desafiador devido à crescente demanda de energia advinda da grande intensidade da tecnologia e do aumento dos investimentos em nossa infraestrutura técnica”, diz o documento.

O The Register aponta que, para experts da indústria, a inteligência artificial terá um grande impacto no consumo de energia de data centers, mas ainda não se sabe em qual extensão.

De acordo com a International Energy Agency, responsável por trabalhar com países ao redor do mundo para modelar políticas de energia, estima-se que o consumo de energia por essas infraestruturas pode dobrar até 2026, principalmente nos Estados Unidos.