
A empresa não fará novas ofertas de emprego até o congelamento terminar. Foto: Pexels
O Google anunciou internamente que irá suspender suas contratações por duas semanas.
A decisão acontece depois da empresa já ter informado seus colaboradores na semana passada que iria diminuir seu ritmo de admissões pelo resto do ano.
A informação foi divulgada pelo site The Information, que teve acesso a um e-mail enviado aos funcionários da empresa.
Nele, Prabhakar Raghavan, vice-presidente sênior do Google, declarou que a pausa não iria afetar as ofertas de trabalho que já foram estendidas a candidatos, mas que a empresa não faria novas ofertas até o congelamento terminar.
“Usaremos esse tempo para revisar nossas necessidades de pessoal e alinhar um novo conjunto de solicitações de pessoal priorizadas para os próximos três meses”, escreve Raghavan no e-mail.
O e-mail vem à tona após o Google anunciar que iria desacelerar seu processo de contratação pelo resto do ano, tempo que iria usar para rever seu processo geral de contratação.
No anúncio, Sundar Pichai, CEO do Google, diz que a empresa está buscando ser mais "empreendedora" e quer reimplantar recursos em áreas de maior prioridade, como contratações em engenharia, funções técnicas e funções críticas.
"As perspectivas econômicas globais incertas têm sido uma das principais preocupações. Como todas as empresas, não estamos imunes aos ventos contrários econômicos", escreveu Pichai.
Segundo o comunicado, no segundo trimestre deste ano, a gigante de tecnologia contratou cerca de 10 mil pessoas.
Em meio à instabilidade econômica, o setor de tecnologia está apertando o cinto, o que se reflete numa política muito mais cautelosa de contratações, e, em alguns casos, grandes cortes de pessoal.
O Facebook, por exemplo, já havia anunciado que reduziria sua meta de novas contratações de engenheiros em cerca de 30%.
A tendência se reflete também no Brasil: nas últimas semanas, outros unicórnios brasileiros registraram uma sequência de demissões coletivas. Entre eles, estão Olist, Quinto Andar, Loft e Facily. Outras startups, como LivUp e Zak, também realizaram desligamentos neste ano.