
Sergey, Larry e Eric: "Ops!".
Unir as pessoas através de ferramentas de comunicação, etc e tal. Todos nós conhecemos os chavões das empresas de tecnologia. O que começa a ficar cada vez mais claro, a medida que o setor cria corporações gigantescas, é que muitas vezes na prática a teoria é outra.
Uma matéria da Bloomberg mostra um pedaço disso, ao revelar que o Google fez movimentações junto a órgãos de governo americanos que regulam o mercado de trabalho para restringir o direito de uso do e-mail corporativo como uma ferramenta de organização dos funcionários.
Em um caso de 2014, o National Labor Relations Board estabeleceu um precedente que restringia a possibilidade das empresas de punirem funcionários por usarem seus e-mails corporativos para organizar um protesto, por exemplo. O Google pediu a revisão desse precedente em maio de 2017 e novembro de 2018.
No ano passado, funcionários do Google no mundo todo organizaram protestos, depois que a imprensa americana revelou que a gigante de buscas tinha acobertado executivos no topo que cometeram assédio sexual.
Publicamente, os líderes da companhia incentivaram os protestos, organizados principalmente pelo e-mail corporativo.
Nos bastidores, mostra agora a Bloomberg, a manobra era para dificultar esse tipo de organização apenas três semanas depois em um outro caso não relacionado.
Os protestos pela questão do assédio foram mais uma instância na qual a cultura de discussão aberta em eventos e fóruns online da companhia se voltou contra os propósitos da alta gestão.
Outro foram os protestos contra os contratos com o Pentágono, um dos maiores compradores de tecnologia nos Estados Unidos.