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Foto: Agência Brasil
A Google optou por vetar o impulsionamento de conteúdos políticos em suas plataformas durante as eleições municipais que acontecem este ano no Brasil a partir de 1º de maio.
A decisão foi motivada pelas novas regras impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para este tipo de publicidade.
Segundo as diretrizes, seria necessário que a empresa criasse um repositório com todos os anúncios por ela veiculados, que permitisse o acompanhamento em tempo real dos conteúdos, assim como de seus valores, responsáveis pelo pagamento, e características dos grupos que compõem a audiência.
Além disso, a Google precisaria disponibilizar uma ferramenta de consulta acessível e de fácil manejo para que quem desejasse pudesse realizar buscas avançadas nos dados do repositório.
Apesar de ser possível realizar essa operação, a tecnologia necessária seria muito cara, especialmente, diante da quantidade de conteúdos que seriam recebidos pela big tech.
Segundo o Poder360, a grande preocupação da companhia seria o sistema falhar e o TSE determinar alguma punição contra o negócio.
Para evitar o risco, a empresa decidiu não veicular conteúdos políticos. Outros gêneros de publicidades continuarão sendo impulsionadas normalmente, desde que não tenham ligação com as eleições.
A publicação indica ainda que a Google realizou diversas reuniões em busca de se adequar às novas regras, mas a conclusão foi de que, de fato, o esforço não seria viável.
“As eleições são importantes para o Google e, ao longo dos últimos anos, temos trabalhado incansavelmente para lançar novos produtos e serviços para apoiar candidatos e eleitores. Para as eleições brasileiras deste ano, vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país. Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto”, disse a empresa em um comunicado.