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Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça (Foto: Twitter)
O Governo Federal lançou nesta terça-feira, 19, o Celular Seguro, botão de segurança no Gov.br para bloquear aparelhos roubados e furtados dentro de até 10 minutos, mediante acionamento por parte da vítima ou de uma pessoa de confiança.
Anteriormente, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já disponibilizava um protocolo para esse tipo de bloqueio, mas a função leva até uma hora para ser acionada por meio de uma central eletrônica. Agora, o objetivo é nacionalizar e agilizar o procedimento.
Para evitar golpes financeiros, uma das maiores preocupações quando um dispositivo móvel é roubado, o novo projeto interliga o Cadastro de Estações Móveis Impedidas (CEMI), que aponta quando houve bloqueio, furto ou roubo, com aplicativos de redes bancárias.
Até o momento, todos os bancos filiados à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) aderiram à iniciativa.
Futuramente, a expectativa é que haja integração com outras empresas que possuem aplicações para dispositivos móveis, entre elas Meta, Google, Uber e 99.
“Já temos a API integrada com todos os bancos testada. A maioria deles diz que vai bloquear o internet banking em até 10 minutos a partir da comunicação. Além disso, as operadoras de telefonia também vão bloquear a linha e o SMS, porque é através de SMS que os ladrões conseguem resgatar as senhas”, detalhou Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, ao Globo.
A nova plataforma poderá ser acessada tanto pela web quanto pelo aplicativo oficial do projeto.
Para usá-la, o cidadão deve fazer um cadastro com a mesma conta utilizada no Gov.br, fornecendo seu nome completo, número de telefone, número de série e marca e modelo do dispositivo.
Caso o titular não tenha acesso à plataforma após o roubo ou furto, é possível indicar pessoas de confiança para efetuar o bloqueio na linha telefônica. Não há limite de números de telefone cadastrados por CPF.
Em casos de engano por parte do usuário, os bancos e a Anatel contarão com um mecanismo para reverter a denúncia, viabilizando a reabilitação do aparelho.
Segundo o site Convergência Digital, as vítimas ainda precisarão realizar boletins de ocorrência para obter auxílio por parte das autoridades e operadoras.
Já a Exame ressalta que o governo ainda não possui uma meta de redução de roubos e furtos.
Conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mais de 999 mil celulares foram roubados ou furtados no Brasil apenas no ano passado, alta de 16,6% em comparação a 2021.