TRABALHO

Governo regula home office

Normas trazem grande chance de negócio para soluções de comunicação.

18 de maio de 2022 - 13:08
Funcionários em uma repartição pública. Foto: Jaelson Lucas/Agência de Notícias do Paraná.

Funcionários em uma repartição pública. Foto: Jaelson Lucas/Agência de Notícias do Paraná.

O governo federal publicou um documento com normas para adoção de home office no funcionalismo público.

O ponto mais chamativo do documento é a grande oportunidade de negócio que ele indica para todos os envolvidos no mercado de centrais telefônicas digitais ou outras soluções de comunicações unificadas.

Isso porque o chamado Programa de Gestão de Desempenho para Pessoal Civil da Administração prevê que o trabalho remoto só será possível se o funcionário estiver disponível para chamadas telefônicas, inclusive para atender ao público externo, durante todo o expediente.

Assim, os funcionários trabalhando em casa precisarão ter alguma espécie de ramal para receber as ligações.

A exigência de atender o telefone é o mais concreto no documento divulgado pela Secretaria-Geral da Presidência da República.

No mais, o texto fala em comprovação de trabalho por “entrega periódica de demandas” e que os funcionários que façam home office devem ter um “aumento de produtividade”.

De acordo com o governo federal, a medida terá impactos sobre a produtividade do funcionalismo público, já que institui um modelo de trabalho "voltado para resultados e incremento de eficiência".

O setor de governo era um bastião do modelo de trabalho presencial (um cínico poderia dizer que, em muitos casos, ir no escritório é a única tarefa desempenhada por alguns funcionários), mas isso mudou com a crise do coronavírus.

De uma hora para outra, grandes estatais e o governo implementaram práticas de home office. Algumas delas sobreviveram à pandemia.

A Petrobras, por exemplo, anunciou em setembro de 2021 a adoção de um modelo híbrido, com três dias de home office com dois no escritório.

A opção não é obrigatória e o profissional pode indicar menor frequência ou até mudar de ideia no futuro.

Segundo pesquisa interna com 13.400 empregados, cerca de 86% classificaram a experiência de teletrabalho como ótima ou boa e 82% mostraram interesse em adotar o teletrabalho em até três dias.