COVID-19

Hospital Alemão Oswaldo Cruz monitora pacientes com Laura

Solução de gerenciamento de riscos com inteligência artificial será utilizada através do Grupo Fleury.

20 de maio de 2021 - 12:28
A plataforma estará disponível a partir de maio na Unidade Paulista do hospital. Foto: divulgação.

A plataforma estará disponível a partir de maio na Unidade Paulista do hospital. Foto: divulgação.

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo, vai utilizar a robô Laura, solução que utiliza inteligência artificial para gerenciar riscos, através do Grupo Fleury, prestador de serviço responsável pela operação de análises clínicas, para monitorar pacientes com Covid-19. 

A plataforma criada pela startup paranaense Laura estará disponível a partir de maio na Unidade Paulista do hospital, com o intuito de indicar precocemente e antever situações de piora do quadro clínico e de sepse, a infecção generalizada.

Com o auxílio de algoritmos, o software conectará os prontuários eletrônicos dos pacientes a um painel de gestão localizado na central de enfermagem das unidades de internação e UTIs. 

Cada novo dado clínico do paciente será utilizado em tempo real para predizer o risco de piora clínica e identificar precocemente os pacientes para uma avaliação e assistência prioritárias, apoiando as equipes na tomada de decisão para a priorização dos atendimentos a casos mais graves. 

"O programa contribuirá para uma assistência em tempo adequado e, por isso, mais efetivo e seguro, em especial para os pacientes com Covid-19 que podem ter alterada sua condição de saúde com grande rapidez", destaca Paola Andreoli, gerente de qualidade, segurança do paciente e desfechos clínicos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

A relação do hospital com a startup Laura começou no ano passado, quando a instituição adotou a plataforma de inteligência artificial P.A. Digital, oferecida gratuitamente para realizar a triagem virtual dos pacientes com suspeita de Covid-19.

Agora, o Grupo Fleury disponibilizou a nova solução.

"É um passo rumo à transformação digital e buscando eficiência assistencial na cadeia de saúde, gerando valor aos médicos, pacientes, instituição hospitalar e fontes pagadoras, reiterando nosso compromisso como parceiro estratégico em medicina diagnóstica hospitalar", afirma José Roberto Araújo, diretor executivo de B2B do Grupo Fleury.

O Grupo Fleury tem mais de 90 anos de existência, atuando com medicina diagnóstica, operações diagnósticas em hospitais e de laboratório de referência. São mais de 10 mil colaboradores e cerca de 2,5 mil médicos, com mais de 250 unidades de atendimento.

Ativa desde 2016, a robô Laura já teve cerca de 8,6 milhões de atendimentos analisados e reduziu em 25% a taxa de mortalidade hospitalar nas unidades onde foi instalada, além de ajudar a salvar, em média, 18 vidas por dia.

"Ela era importante antes da pandemia e tornou-se estratégica para a eficiência no tratamento de pacientes com diagnóstico de Covid-19 hospitalizados em UTIs, porque oferece informações fundamentais no processo de decisão e conduta dos profissionais de saúde, que neste momento precisam agir com urgência e precisão", afirma Cristian Rocha, CEO da startup Laura.

Fundado em 1897, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz é um dos maiores centros hospitalares da América Latina, com um corpo clínico formado por mais de 4 mil médicos. Sua capacidade total instalada é de 805 leitos, sendo 582 deles na saúde privada e 223 no âmbito público.

Desde 2008, atua como um dos seis hospitais de excelência do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde.