
São Paulo, de Tarsila do Amaral, é um dos quadros envolvidos no projeto.
A IBM colocou o Watson, seu software de inteligência artificial, para dar explicações sobre arte na Pinacoteca de São Paulo, um dos museus mais populares da capital paulista.
O Watson responderá perguntas dos visitantes sobre sete obras de arte do acervo da Pinacoteca a partir desta quarta-feira, 05.
Na chegada à Pinacoteca, o visitante receberá um smartphone com fone de ouvido e um aplicativo pelo qual será possível fazer perguntas falando.
Para identificar que um visitante se aproxima das obras selecionadas, foram instalados sensores beacons, usando tecnologia de bluetooth e geolocalização.
O sistema foi desenvolvido pela IBM Brasil e treinado em parceria com curadores da Pinacoteca. A agência de propaganda Ogilvy também participou.
“As curiosidades sobre as obras que selecionamos são inúmeras e conversar com elas é uma forma individualizada e estimulante de aprender. O objetivo final é que as pessoas terminem a visita entendendo um pouco mais sobre arte”, afirma Fabiana Galetol, executiva de comunicação externa da IBM Brasil.
Declarações bem intencionadas à parte, colocar o Watson nesse tipo de interações cotidianas com grande visibilidade é parte da estratégia de marketing da IBM para o produto desde o seu lançamento.
O Watson veio a público através do show de auditório Jeoparty, no qual o robô da IBM foi o vencedor, em 2011, numa participação com ecos da clássica disputa entre o Deep Blue e o gênio do xadrez russo Garry Kasparov nos anos 90.
O uso do Watson em um contexto de interação com o público se encaixa bem com automatização de atendimento, a principal destinação da ferramenta no mercado brasileiro até agora.