BIG DATA

IBM vai cobrar US$ 2 mil por Twitter Analytics

Aproximadamente 100 companhias testaram o serviço ao longo dos últimos meses.

19 de março de 2015 - 17:41
A IBM cobrará US$ 2 mil pela ferramenta de analytics voltada para o Twitter. Foto: Bloomua/Shutterstock.

A IBM cobrará US$ 2 mil pela ferramenta de analytics voltada para o Twitter. Foto: Bloomua/Shutterstock.

A IBM cobrará US$ 2 mil por mês das empresas que quiserem utilizar a ferramenta de analytics voltada para o Twitter. Com a plataforma será possível analisar mensagens publicadas na rede social e relacionar essas informações com dados de outras fontes.

Aproximadamente 100 companhias testaram o serviço ao longo dos últimos meses.

“O primeiro acesso aos dados do Twitter serão gratuitos. Depois, paga-se a medida que se avança na análise”, afirmou Aliastair Rennie, gerente geral de business analytics da IBM.

As primeiras 5 milhões de mensagens analisadas pela empresa serão gratuitas. Depois desse volume, será cobrado US$ 2 mil por mês por um milhão de tweets.

No anúncio feito no IBM Insights, em outubro, as empresas destacaram que a ferramenta não se trata apenas de monitorar menções ou analisar o sentimento os usuários.

Os dados do Twitter estarão disponíveis para os desenvolvedores do BlueMix, a cloud para apps de terceiros da IBM. 

Além disso, as informações serão integradas a ferramentas analíticas como o Watson e a empresa criará novos aplicativos focados na rede, sendo o primeiro um software para ajudar em ações de engajamento para empresas. Cerca de 10 mil consultores da IBM devem ser treinados.

O Twitter já vinha trabalhando com clientes corporativos nos últimos tempos. A empresa ensaiou aproximações com setores como o de entretenimento (TV, cinema), criou botão específico para compras pelo app, assim como a criação do Fabric, plataforma de criação de apps dedicada para desenvolvedores.

Para o Twitter, a parceria com a IBM é um excelente negócio. A rede social tem enfrentado críticas pela ausência de um modelo de rentabilidade, acentuado ainda mais pelo faturamento de rivais como o Facebook.

Para a IBM, esse acordo é mais um passo da reinvenção da centenária companhia, que nos últimos anos tem feito um movimento para sair do mercado de hardware e se concentrar no novo universo da computação em nuvem, da análise de grandes volumes de dados e da chamada computação cognitiva, com direito a colocar um pezinho no mundo do consumidor final.