Twitter apronta novos vôos. Foto: divulgação.
O Twitter segue com problemas para impulsionar o crescimento da plataforma com a inscrição de novos usuários. Segundo resultados divulgados nesta quinta-feira, 05, o número de usuários ativos teve um aumento de apenas 4 milhões (1,4%) em relação aos 284 milhões que a ferramenta possuía em 2013.
Por outro lado, segundo destacou o CEO da empresa, Dick Costolo, a parte de monetização da ferramenta está em alta. No último trimestre de 2014, a companhia contabilizou US$ 479 milhões, um crescimento de 97% sobre os US$ 243 milhões faturados no mesmo período em 2013.
De acordo com o New York Times, o faturamento divulgado pela companhia superou com folgas a expectativa em Wall Street, que avaliava um faturamento de US$ 453 milhões para a companhia.
Segundo o executivo, em 2015 a expectativa é que a rede social atinja a recuperação esperada pelos acionistas. Para Costolo, o primeiro trimestre já deve apresentar um crescimento notável na base de usuários.
De acordo com analistas, a "prova de fogo"do Twitter deve vir nos próximos meses, com o lançamento de novos produtos e recursos para a plataforma, como a inclusão de vídeos junto com as mensagens de 140 caracteres.
Outro ambicioso anúncio da companhia foi uma parceria com o Google, que fará com que centenas de milhares de posts circulem pelo motor de busca da companhia de Mountain View, dando maior visibilidade à rede social.
O novo acordo com a gigante das buscas pode dar um impulso inédito no número de usuários do Twitter, mas segundo Costolo, a parceria ainda deve levar alguns meses para entrar em ação.
“Acredito que isso será uma ótima plataforma para atrair pessoas a logarem e participarem da rede, mas não é algo que vamos forçá-los a fazer. Temos projetos para crescer nossa base e expandir experiências, sejam elas dentro do Twitter ou não", destacou Costolo.
Entretanto, é fato que a rede social está focada em fazer dinheiro sem precisar prender usuários. A empresa também firmou parcerias com marcas como Yahoo o Flipboard para incluir publicidade em tweets replicados em sites e outros aplicativos. Segundo analistas, este arranjo também vale para a parceria com o Google.
“Estamos todos curiosos para ver como o Twitter vai monetizar seus produtos com estes 'não-usuários' da rede social", afirmou Debra Aho Williamson, analista da eMarketer, consultoria de mídia social nos Estados Unidos.
Leandro Souza
Editor na Canaltech