LIVROS DIDÁTICOS

MEC: contrato de e-books da Amazon

Cerca de 200 livros serão disponbilizados aos professores da rede pública via app Kindle.

19 de março de 2014 - 10:24
MEC vai de Whispercast. Foto: divulgação.

MEC vai de Whispercast. Foto: divulgação.

O Ministério da Educação firmou um contrato com a Amazon para converter e distribuir livros didáticos em cerca de 600 mil tablets para professores, usando a tecnologia Whispercast.

Em um investimento realizado através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), cerca de 200 livros serão disponbilizados para professores de escolas públicas por meio do aplicativo gratuito de leitura Kindle, instalados em tablets Android fornecidos pelo governo brasileiro.

Com a tecnologia, os professores podem usar o Whispercast para acessarem os livros e documentos em formato Kindle. Para a leitura, eles utilizam o aplicativo gratuito do Kindle.

Pelo app é possível ler, destacar, fazer anotações e utilizar o dicionário diretamente nos livros didáticos, mesmo quando os tablets não estão conectados à Internet.

Pelo Whispercast, o FNDE está gerenciando o seu catálogo de livros didáticos digitais, além de abrir e organizar as contas dos professores em grupos. Com isso, o governo espera distribuir os livros digitalizados sem esforços e com rapidez.

“Estamos satisfeitos em oferecer Whispercast como uma das tecnologias de base para este programa inovador. Trabalhando com o FNDE, a Amazon reforçou o Whispercast, que tem sido usado por milhares de escolas nos Estados Unidos, para atender as necessidades dos professores e administradores no Brasil", diz Alex Szapiro, Country Manager da Amazon.com.br.

No entanto, vale destacar que o uso da tecnologia restringe o uso dos documentos ao app do Kindle da Amazon, prática que vai na contramão da filosofia de dados abertas pregada em muitos sistemas usados no governo.

Mesmo que ela envolva apenas livros didáticos, a aliança com a Amazon representa um abertura do governo nacional para a adoção de tecnologias estrangeiras na nuvem.

No ano passado, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo iria passar a preferir tecnologias sediadas em data centers locais. O governo voltou atrás nessa posição, retirando a obrigatoriedade de armazenamento local de informações do texto do Marco Civil da Internet.