
De volta para os tempos dourados? Foto: Depositphotos.
O Mobile World Congress acaba de fechar sua 17ª edição com números que indicam que o evento está recuperado da crise do coronavírus, ainda que não exatamente no patamar dos anos de glória.
Ao todo, 88,5 mil pessoas passaram pelos pavilhões da Feira de Barcelona. É uma cifra muito superior aos dois últimos anos, quando um evento sob restrições relativas ao coronavírus recebeu 20 mil e 60 mil pessoas, respectivamente.
Por outro lado, a quantidade ainda fica significativamente abaixo dos 109 mil de 2019, o maior público da história do evento, atingido depois de anos de crescimento consecutivo.
O MWC atrai todo o ecossistema de telecom, indo desde a parte de infraestrutura até o desenvolvimento de aplicativos, passando por tipo de badulaque para celular.
O evento divide atenções com o Consumer Electronics Show, em Las Vegas, que na sua última edição antes do coronavírus atraiu 180 mil visitantes.
Para muitos, a participação é o principal investimento em marketing do ano (e para Barcelona, um grande negócio: os hotéis da cidade lotam, cobrando diárias cujo preço é o dobro da média normal).
Mas os problemas do MWC, e das outras grandes feiras de tecnologia, não tem que ver só com uma eventual superação do baque do coronavírus.
Eventos desse tipo têm perdido um pouco da sua atratividade na medida em que as grandes marcas deixaram de fazer os seus lançamentos neles, preferindo organizar suas próprias atividades.
O MWC foi se posicionando ao longo dos anos como um fórum para debate de tendências, que incluíram nesse ano o famoso metaverso (ainda que isso já parece algo em baixa) ou temas mais diretamente relacionados à telecom, como o 5G.
Nem sempre essa fórmula dá certo. Basta ver o caso da Cebit, que fechou as portas em 2018.
Durante o final dos anos 90 e no começo dos 2000, a Cebit era um barômetro do setor de tecnologia, com 850 mil visitantes anuais no evento, realizado em Hannover.
A última edição, em julho de 2018, foi uma sombra disso, com 120 mil participantes.
Grandes nomes anunciaram que não estariam presentes em 2019 e os organizadores optaram por encerrar o evento.
BRASILEIROS
Como de praxe, o Brasil esteve representado no MWC no âmbito do Projeto Brasil IT+, parceria da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e da Softex
Integraram a delegação brasileira Diagnext.Com, Agile Inc, Argotechno, CESAR, Click Alert, Digivox, Evo Systems, Ilegra, I. M. Tecnologia, Instituto Eldorado, Knowcode, Kymo, MC1, Positivo, Pulsus, Real2U, Stefanini, Trackage, Venko Networks e W5.