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Favela dos Sonhos, na Grande São Paulo (Foto: Divulgação)
A logtech paulista naPorta se juntou ao Google e à Gerando Falcões, ONG brasileira que atua no combate à pobreza nas comunidades, para endereçar digitalmente as residências das favelas dos Sonhos e Itaprata, em Ferraz de Vasconcelos, na Zona Leste da Grande São Paulo, desprovidas de CEP.
Apoiado financeiramente pelo programa ImpactaMOB, formado pela Fundação Grupo Volkswagen e pela aceleradora Artemisia, o projeto levou duas semanas para mapear ambas comunidades rua por rua, contemplando 350 casas que abrigam 1,4 moradores.
Durante sua execução, foram afixadas placas que indicavam o CEP digital em locais estratégicos das favelas.
Segundo o Neofeed, a iniciativa se baseia em coordenadas de latitude e longitude para que o sistema do Google gere uma sequência aleatória de números, letras e caracteres especiais para localizar um ponto específico no mapa.
Com isso, os novos CEPs passaram a ser integrados no Google Maps. Agora, basta os entregadores colocarem o código no campo de endereços do aplicativo para que o trajeto seja desenhado até o destino final.
Ainda no ano passado, o Google já havia se unido à Americanas para criar endereços digitais para os moradores de Paraisópolis, maior comunidade de São Paulo, com 100 mil habitantes.
Fundada em 2021, a naPorta atua como uma empresa de Logistics as a Service (LaaS), trabalhando com entregas agendadas, operações interestaduais, logística reversa e operações crossdocking.
Entre seus clientes estão nomes como C&A, Riachuelo, Magazine Luiza e Americanas.
Até o fim do ano, a naPorta planeja estender o projeto de endereçamento em áreas que não possuem endereços formais para outras três comunidades de São Paulo, além de mapear mais 100 localidades.
Ao todo, a empresa conta com 100 entregadores e já injetou R$ 500 mil em favelas.
Em atuação desde 2011, a Gerando Falcões é um ecossistema que entrega serviços de educação, desenvolvimento econômico e cidadania e executa programas de transformação sistêmica em comunidades. A organização já impactou mais 717 mil pessoas em 5,5 mil favelas de 25 estados.