Pesquisa: bancos menosprezam interatividade

Mais da metade das instituições financeiras brasileiras não usa qualquer programa de redes sociais para interação com seus clientes, embora sejam muito avançadas nas iniciativas de internet banking.

A conclusão é de um estudo da consultoria TerraForum que avaliou 101 instituições financeiras (20 bancos, 21 corretoras, 20 seguradoras, 20 financeiras e 20 cooperativas) segundo a oferta de ações interativas na internet.

09 de agosto de 2010 - 14:23
Pesquisa: bancos menosprezam interatividade

Mais da metade das instituições financeiras brasileiras não usa qualquer programa de redes sociais para interação com seus clientes, embora sejam muito avançadas nas iniciativas de internet banking.

A conclusão é de um estudo da consultoria TerraForum que avaliou 101 instituições financeiras (20 bancos, 21 corretoras, 20 seguradoras, 20 financeiras e 20 cooperativas) segundo a oferta de ações interativas na internet.

Desta amostra, 58 não têm programas ou ferramentas que promovam novos modelos de negócios em seus portais, informa o Valor Econômico.

Conforme o diretor-executivo da TerraForum, José Cláudio Terra, a alta administração das instituições não percebe a necessidade de ter produtos inovadores para a comunidade de clientes. Segundo ele, existem apenas iniciativas de marketing e promoções passageiras na web, mas que não criam uma relação forte com o consumidor.

A pesquisa mostra que os bancos e instituições financeiras em geral não se arriscam no uso das novas ferramentas para criar novos modelos de negócios.

De acordo com Terra, a pouca adesão se deve à preocupação com a segurança das informações. Além disso, os executivos não sabem lidar com informação segmentada, críticas e comentários negativos, e também não sabem como medir os resultados, ou seja, como controlar e ganhar dinheiro com as novas tecnologias.

Conforme o estudo, entre as iniciativas não exploradas pelas empresas financeiras estão pesquisas online, que conseguem grande abrangência com baixo custo; oferta de blogs e fóruns para promover a interação e gerar impacto entre clientes e não clientes; adoção de plataformas colaborativas e de leilão online, entre outras ações.

O estudo apresenta 20 sites internacionais de instituições financeiras que usam ferramentas interativas com sucesso.

Um exemplo é o HSBC mundial, que para ampliar o contato com os clientes criou um perfil no Facebook, o qual já conta com mais de quatro mil seguidores.

Nos Estados Unidos, o Bank of America é outro case, tendo criado uma comunidade de pequenos negócios onde realiza parcerias com proprietários pelo portal.

Para Terra, há também bons exemplos entre pequenas empresas, cujo uso da Internet levanta a questão da desintermediação financeira, ou seja, a realização de trocas monetárias fora do âmbito das grandes instituições tradicionais.

O estudo aponta a americana Covestor que, por meio do portal, interliga investidores experientes e novatos que compartilham informações.

Outro exemplo deste nicho é o site britânico Zopa, que criou uma rede social de empréstimos pela qual o usuário aplica seu dinheiro emprestando a outros, unindo pessoas interessadas em taxas menores que as praticadas normalmente pelos bancos.

A pesquisa cita, ainda, dois sites brasileiros com iniciativas interativas: o Santander e o Bradesco.

O primeiro oferece, em seu portal, notícias que podem ser acessadas remotamente com avisos de atualização de conteúdo (RSS).

O banco mantém, ainda, uma página no Twitter e uma de vídeos no YouTube, além de ter criado três portais: um voltado ao treinamento e carreiras, outro de sustentabilidade e por último um de empreendedorismo.

Já o Bradesco permite acessar sua página no Twitter, além de disponibilizar um portal com vídeos, áudio e conteúdo institucional. Sem falar no Banco do Planeta, site que traz links interativos para acesso a blogs, comentários e criação de perfil.

A matéria completa pode ser conferida pelo link relacionado abaixo.