
Hélio Rotenberg, CEO da Positivo. Foto: Divulgação
A Positivo comprou a Algar TI Consultoria, divisão de serviços de tecnologia do Grupo Algar, por R$ 235 milhões.
Anunciado nesta segunda-feira, 18, o negócio envolve R$ 190 milhões em dinheiro e os R$ 45 milhões restantes, em 12 meses, com base na performance da companhia adquirida.
A compra é a maior da história da Positivo e abre a porta para a fabricante de hardware a mercados como computação em nuvem, inteligência artificial (IA), gestão de redes, segurança cibernética e computação de borda.
A empresa também passa a concorrer com outro tipo de players, incluindo grandes nomes como Stefanini, Sonda e Tivit.
Com a aquisição, a Positivo dobra de tamanho, passando a contar com 8,6 mil colaboradores, sendo 4,5 mil vindos da Algar TI, que conta com 160 clientes de grande porte, incluindo bancos e mineradoras.
O negócio também leva a Positivo ao mercado internacional, já que a Algar TI também conta com clientes na Argentina, na Colômbia e no México, hoje responsáveis por 20% do faturamento da empresa.
Nos 12 meses encerrados em 30 de setembro de 2023, a Algar TI Consultoria, registrou receita bruta de R$ 459 milhões e taxa de crescimento anual composta de 19% nos últimos três anos, informou a Positivo.
A ideia é que a compra aumente o tamanho da divisão de serviços da Positivo (hoje concentrada em outsourcing de equipamentos) dos atuais 8% da receita total da empresa para uma fatia entre 18% e 20%. Entre três a cinco anos, a meta é chegar a um terço do total.
A compra pode ser também uma resposta aos maus resultados da empresa em 2023.
A Positivo ainda não divulgou o balanço do ano passado, mas já havia adiantado que o faturamento abaixo ficaria abaixo do esperado.
Ele deve ser de R$ 4,6 bilhões a R$ 4,8 bilhões, ante R$ 5,5 bilhões a R$ 6,5 bilhões da projeção anterior, feita em março de 2023.
Em 2022, um ano excepcional para a Positivo, a receita bruta avançou 47,2% ante o ano anterior, somando R$ 5,9 bilhões.