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Salgado Filho precisará de R$ 1 bi de investimento

Aeroporto de Porto Alegre deve começar reabertura só na segunda quinzena de dezembro.

06 de junho de 2024 - 18:41
Operação na Base Aérea de Canoas. Foto: divulgação/Fraport.

Operação na Base Aérea de Canoas. Foto: divulgação/Fraport.

A Fraport Brasil, empresa que administra o Salgado Filho, informou que a companhia precisará investir R$ 1 bilhão para restabelecer a operação do aeroporto atingido pela enchente em Porto Alegre.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Andreea Pal, CEO da companhia, contou que o valor deve ser acrescido à cobertura do seguro, que se responsabiliza por R$ 2 bilhões para danos materiais gerais. Somente em equipamentos, a Fraport deverá gastar R$ 45 milhões.

Interditado desde 5 de maio, o aeroporto ficou alagado por pelo menos 30 dias. No terminal de passageiros, a altura do alagamento chegou a um metro. Ao todo, o nível da água atingiu 2,5 metros na área externa, com variações ao longo dos dias.

Em vistoria realizada na última segunda-feira, 3, a Fraport estimou o prazo de reabertura do local para a segunda quinzena de dezembro, ainda de forma parcial.

“Nosso interesse é colocar em operação o mais rápido possível. A data de dezembro é uma aproximação, pois precisamos conduzir vistorias intensivas na pista para entender os danos e saber quais os reparos necessários. Faremos um escaneamento para avaliar se há água infiltrada, por exemplo. Em outro momento, retiraremos trechos para uma análise detalhada dos componentes”, explicou Pal à rádio.

Segundo a CEO, será necessária a realização de um estudo para testar a resistência do asfalto da pista.

“Nossa premissa é que teremos que refazer a sub-base (pista), que é de cimento, e o asfalto (60 cm), sem falar na estrutura que fica por baixo. Poderíamos demolir e reconstruir tudo agora, mas sem uma avaliação, isso poderia gerar gastos desnecessários”, completou Pal.

Para reduzir custos, o planejamento atual é trocar somente os equipamentos que ficaram submersos ou que foram totalmente danificados.

“Precisamos testá-los. Ainda não temos energia elétrica e a iluminação da pista para identificar o que precisará ser trocado”, explicou Pal.

Até o restabelecimento do aeroporto, a Fraport Brasil preparou uma operação emergencial para viabilizar voos comerciais com passageiros chegando e partindo da Base Aérea de Canoas, cidade vizinha a Porto Alegre.

O embarque é realizado através de um shopping do município, com transporte de ônibus até a pista militar, com distância de cerca de 3,4 Km.

O plano inclui cinco voos comerciais diários para Campinas, Guarulhos e Congonhas, operados pelas empresas Azul, Gol e Latam.