FRAUDES

Santa Cruz suspende venda de ingressos on-line

Federação Pernambucana de Futebol identificou grupo que falsifica QR Codes.

02 de junho de 2023 - 11:56
O Santa Cruz tem a segunda maior torcida do Pernambuco, com cerca de 861.056 torcedores. Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press

O Santa Cruz tem a segunda maior torcida do Pernambuco, com cerca de 861.056 torcedores. Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press

O Santa Cruz Futebol Clube, time de Recife, suspendeu a venda de seus ingressos on-line para o jogo contra o Sousa-PB, que acontece no próximo sábado, 3.

A venda virtual, que já estava disponível desde segunda-feira, 29, teve que ser encerrada após o clube receber uma orientação da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e demais órgãos competentes.

Segundo o Santa Cruz, o motivo da suspensão foram problemas que “comprometem a operação do jogo, como falsificação, cópias e tentativas de duplo acesso com os ingressos virtuais”. 

Conforme a Folha de Pernambuco, Evandro Carvalho, presidente da FPF, afirmou que os órgãos de segurança identificaram um grupo que falsifica os QR Codes dos ingressos virtuais. 

Com isso, os torcedores que já haviam comprado ingressos virtuais terão que realizar a troca pelo bilhete físico.

Fundado em 1914, o Santa Cruz tem a segunda maior torcida do Pernambuco, com cerca de 861.056 torcedores. 

Neste ano, o time lidera o ranking de presença de torcida durante o Campeonato Pernambucano. O clube recebeu 41.917 torcedores no Estádio José do Rego Maciel, conhecido como Arruda, com uma média de 10.479 pessoas por jogo.

A sede do clube tem capacidade para 60.044 espectadores e é o sexto maior estádio do Brasil. 

Atualmente, o Santa Cruz está em quinto lugar no Campeonato Pernambucano e em quinto lugar no Grupo B da Copa do Nordeste.

FRAUDES

A suspensão de ingressos do Santa Cruz não é um caso isolado de tentativas de falsificação. 

De acordo com a empresa de cibersegurança Kaspersky, o Brasil é classificado como o segundo país com maior incidência de fraudes envolvendo QR Codes.

O maior e mais comum tipo de fraude com o código é em acessos a contas bancárias e transferências falsas.

No ano passado, o número de trojans bancários, um tipo de malware para celulares, chegou a 200 mil, o maior número em seis anos.

Já segundo a Transunion, as tentativas de fraude digital no país cresceram 20% no segundo trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021.