São Carlos atrai mais VANTs

A cidade de São Carlos (SP), a 231 quilômetros da capital paulista, contará em breve com uma segunda empresa da área de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs).

A Xmobots, anteriormente instalada no centro de inovação Cietec, da USP, irá para a cidade, que já conta, desde 2002, com a AGX Tecnologia.

Os investimentos serão, inicialmente, de até R$ 8 milhões, chegando a R$ 25 milhões até 2014.

26 de outubro de 2011 - 16:25
São Carlos atrai mais VANTs

A cidade de São Carlos (SP), a 231 quilômetros da capital paulista, contará em breve com uma segunda empresa da área de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs).

A Xmobots, anteriormente instalada no centro de inovação Cietec, da USP, irá para a cidade, que já conta, desde 2002, com a AGX Tecnologia.

Os investimentos serão, inicialmente, de até R$ 8 milhões, chegando a R$ 25 milhões até 2014.

A mudança não é de graça, a cidade possui uma política própria de atração de empresas, especialmente do setor aeronáutico, como destaca o prefeito da cidade, Oswaldo Barba.

“Nos últimos tempos temos tido boas novas para o setor aeronáutico do município, sejam obras estruturais, geração de empregos, novas empresas ou novos cursos referentes ao setor”, revelou o prefeito.

Em abril, AGX e Xmobots já tinham anunciado uma fusão nas áreas de pesquisa.

As duas empresas anunciaram, no último mês de abril, a fusão de suas áreas de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). “Isso irá alavancar, na verdade, a criação de uma terceira empresa”, adianta Adriano Kancelkis, diretor-presidente da AGX.

Criada no Cietec/USP, a XMobots foi fundada em 2007 por um grupo de engenheiros de robótica da Escola Politécnica da USP.  Já a Xmobots, se consagrou em outubro de 2010 como a empresa fabricante do primeiro Vant a operar na Floresta Amazônica.

Conforme o sócio-diretor da empresa, o engenheiro Giovani Amianti, a XMobots encerrou 2010 com um faturamento de R$ 450 mil.

Mercado aquecido
Dados da consultoria Teal Group, especializada nas áreas aeroespacial e de defesa, indicam que o mercado mundial de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) deve crescer 155% até 2020.

Segundo o mesmo estudo, US$ 5,9 bilhões destinados a pesquisa e desenvolvimento e também à comercialização de aeronaves não tripuladas em 2011 devem saltar para US$ 15,1 bilhões em 2020, demonstrando o aquecimento do setor.

No Brasil, o uso desse tipo de avião ainda é restrito, mas deve se ampliar por conta da Copa do Mundo, em 2014, e dos Jogos Olímpicos no Rio, em 2016.

Pelo menos 13 empresas já vendem modelos por aqui ou pretendem fazer isso em breve.

VANTs do Sul
A gaúcha Skydrones, com sede em São Leopoldo, é uma das companhias lutando pelo seu espaço no mercado de VANTs. Recentemente, a companhia iniciou tratativas com a sul-coreana Nes&Tec para troca de tecnologia.

Hoje, a Skydrones trabalha com a montagem por demanda dos VANTs, com tecnologias alemã e canadense. Com quatro empregados, a empresa dispõe atualmente de modelos com seis motores, para uso em operações de segurança pública e privada com imagens.