O Supremo Tribunal Federal (STF), localizado em Brasília, acaba de modernizar seu sistema de captação e transmissão de áudio e vídeo, em um projeto assinado pela Seal Telecom.
O contrato, que integra as comunicações em ambientes como plenários e tribunais, inclui a integração dos sinais locais com a transmissão em tempo real para os canais de televisão governamentais, bem como para as salas de taquigrafia e os gabinetes dos assessores.
"O projeto teve uma etapa fundamental, na qual realizamos o registro, armazenamento e segurança das informações tratadas nas plenárias por meio da taquigrafia, que é a transcrição integral e em tempo real dos discursos", conta o diretor da Seal, Alexandre Novakoski.
De acordo com o executivo, os responsáveis pela taquigrafia teriam que ser deslocadas do plenário para um prédio a cerca de 300 metros e deveriam receber o sinal da sala do Supremo com alta fidelidade, tendo à disposição a possibilidade de escolher as câmeras e microfones específicos de cada ministro.
“Para tanto, desenvolvemos e customizamos softwares que atenderam ao áudio e vídeo, automação e até a taquigrafia, que teve a digitação facilitada por um editor de textos integrado ao banco de dados", explica o diretor. "Com isso, assim que um texto é finalizado fica automaticamente disponível no site do STF”, complementa.
Para o chefe da seção de áudio e vídeo do STF, Osiel Luiz de Souza, um dos principais benefícios trazidos pelo projeto foi o ganho de tempo, uma vez que os usuários não precisam mais se deslocar de seus setores para ter acesso às informações das audiências.
"Além disso, hoje os advogados têm acesso aos vídeos dos julgamentos para sanar suas dúvidas, não havendo necessidade de se opor embargos de declaração o que poderia gerar mais gastos e perda de tempo, das partes e dos julgadores”, avalia Souza.
Ele detalha que o STF auditou a sonorização do ambiente, depois da modernização, e verificou que ultrapassou níveis mais rígidos que os exigidos internacionalmente - a inteligibilidade foi classificada com índice de 95%.
A solução da Seal, contratada via licitação, abrange também a transmissão de comunicações entre os assessores dos parlamentares, que agora têm a possibilidade de fazer pontuações e orientações em tempo real, o que otimiza o tempo de debates, por exemplo.
Ainda segundo Souza, a nova estrutura de transmissão simultânea vem como uma alternativa ao sinal da TV Justiça que, em média, chega com atraso de quatro a cinco minutos.
“Essa transmissão será como uma TV a cabo interna, ou seja, o mesmo sinal que é produzido no plenário é transmitido para 15 salas dos assessores dos ministros”, acrescenta Novakoski.
O projeto incluiu, no total, a adoção e integração de processadores digitais de som, amplificadores de potência, caixas acústicas, câmeras de captura em alta resolução motorizadas PTZ, matrizes, switches e scalers para áudio e vídeo.
Também foram adquiridos transmissores por fibra óptica, storages de armazenamento de mídia, softwares customizados para taquigrafia e gerência de documentos e painéis de controle touch screen para automação.
A Seal Telecom é especializada em implantação de sistemas convergentes para comunicação presencial e a distância, sistemas de sonorização, videoconferência, câmeras de segurança, telefonia IP e rede wireless.
A companhia atua com soluções de fabricantes como Biamp, Harman, Kramer, Mitel, Revolabs, Radvision, Radwin, Samsung, Sony e Verint, entre outros.
Já a carteira de clientes traz organizações de verticais como varejo, transporte, call center, hotelaria, saúde, educação, governo e entretenimento.
Gláucia Civa Kirch
Sócia Diretora da Capital Informação