
Décio Lima, presidente do Sebrae. Foto: Charles Damasceno/Divulgação
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) pretende investir R$ 312 milhões em startups brasileiras neste ano.
Durante o Web Summit Rio, um dos maiores eventos do cenário global de inovação, a instituição divulgou que o valor será utilizado para acelerar negócios, disponibilizar tecnologias para empresas de todos os setores e fomentar ambientes de inovação pelo país.
Uma das apostas da entidade é juntar todas as iniciativas estaduais e colocá-las em uma mesma rede, nacionalizando as ações de cada região.
Como cerca de 73,5% das empresas atendidas pela instituição estão localizadas no Sudeste e Sul do Brasil, outra ação prevista é o reforço da atuação em todas as regiões do país através de programas como o Inova Amazônia e o StartupNE.
“O Sebrae é, historicamente, um dos grandes fomentadores do ecossistema brasileiro de inovação. Temos uma capilaridade no país como nenhuma outra entidade, então há muito para contribuir”, afirma Décio Lima, presidente do Sebrae.
A instituição também pretende criar um hub com grandes empresas tecnológicas, instituições públicas e governamentais e gestoras de venture capital.
METADE DAS STARTUPS BRASILEIRAS
Em 2022, o Sebrae Startups, plataforma que fornece capacitação, conexão e fortalecimento de empresas em early stage, impactou cerca de 8 mil empresas. Para este ano, a meta é alcançar 10 mil negócios.
Isso representa metade das startups brasileiras. Conforme dados da Sling Hub, plataforma de inteligência de dados para startups e investidores da América Latina, o Brasil hoje conta com cerca de 20 mil negócios do tipo.
Para chegar nesta meta, o Sebrae está desenvolvendo o programa 1k+ Startups. Através dele, 1 mil negócios serão levados ao Startup Summit, em agosto, onde poderão expor e participar de rodadas de conexão.
Na feira, também será apresentado o Observatório Sebrae Startups, um projeto para monitorar o setor por meio de levantamentos e pesquisas.
O Sebrae é uma das nove instituições prestadoras de serviços do “Sistema S”, administradas de forma independente por federações e confederações empresariais dos principais setores da economia. Sua receita é de R$ 16 bilhões anuais.
Dos 8 mil negócios impactados pela entidade, cerca de 69,5% são microempresas, faturando até R$ 360 mil por ano; 12,9% são pequenas, com faturamento de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões; e 17,6% têm faturamento anual entre R$ 4,8 milhões e R$ 300 milhões.