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Foto: divulgação.
A Sercomtel, empresa de telecomunicações com sede em Londrina, Paraná, anunciou uma proposta de Plano de Demissão Voluntária (PDV) que visa enxugar metade do quadro de funcionários da empresa.
Segundo o jornal Folha de Londrina, o plano foi ofertado a todos os 456 empregados ativos, que terão desta quarta-feira, 27, até o dia 2 de fevereiro para manifestar interesse.
Os funcionários que aderirem ao PDV vão receber indenização equivalente ao tempo de serviço, além das verbas rescisórias inerentes ao pedido de demissão. A indenização pode chegar a 18 remunerações para aqueles que tiverem mais de 36 anos de casa.
As verbas rescisórias serão pagas à vista, como previsto em lei, e os valores das verbas indenizatórias serão pagos em parcelas mensais durante oito meses, mesmo período em que os ex-funcionários continuarão com direito ao plano de saúde.
Ainda de acordo com o jornal, os administradores esperam adesão suficiente para atingir o teto estipulado de R$ 25 milhões.
Segundo Márcio Tiago Arruda, diretor de operações do fundo Bordeaux, nomeado presidente da empresa no final de dezembro, a Sercomtel deve em torno de R$ 20 milhões para a Anatel, R$ 30 milhões para a prefeitura e R$ 150 milhões em impostos ao estado.
“O motivo real de incentivar e fazer esse PDV é fazer com que a Sercomtel tenha fôlego para voltar a crescer. Vai haver novas rodadas de investimentos, mas a empresa precisa se adequar ao tamanho que ela é hoje”, explicou Arruda à publicação.
De acordo com a companhia, o PDV é uma forma amistosa de lidar com a demissão e que o investimento em área técnica é fundamental para competir no mercado e se preparar para participar da oferta do 5G.
“Estamos trabalhando para fazer essa reestruturação da empresa para que ela possa sobreviver. É terrível falar de demissão. É por isso que o PDV entra, é oportunidade para quem concorda em sair por meio de uma indenização correta”, afirmou Hélio Costa, presidente do conselho de administração, à Folha de Londrina.
Fundada em 1965, a Sercomtel passou à iniciativa privada no ano passado, quando foi adquirida pelo Fundo Bordeaux por R$ 130 milhões. O grupo também é o novo dono da Copel Telecom, comprada por R$ 2,395 bilhões.