
Cadê o suporte que estava aqui? Foto: Depositphotos.
O Tesco, rede de supermercados britânica que está entre as maiores do mundo, entrou na justiça contra as mudanças nos contratos de licenciamento dos produtos VMware criados pela Broadcom.
A rede de supermercados pede uma indenização de quase US$ 400 milhões dividida entre a Broadcom, a VMware e a Computacenter, uma integradora britânica.
O Tesco caprichou no drama e disse que se uma solução não for encontrada logo, pode haver problemas de abastecimento nos milhares de supermercados da empresa.
O problema é conhecido. Em janeiro de 2021, o Tesco comprou licenças perpétuas do vSphere Foundation e Cloud Foundation, dentro de um contrato que previa suporte e upgrades até 2026, com possibilidade de uma extensão até 2030.
Tudo isso foi antes da Broadcom comprar a VMware por US$ 61 bilhões em 2022 e decidir que vender licenças perpétuas não é um bom negócio e passar a oferecer suporte só para quem migrasse para o novo modelo de assinaturas.
Para o Tesco, a migração para o modelo de assinatura significaria pagar “preços inflados e excessivos para software de virtualização que o Tesco já comprou”.
A empresa também alega que a Broadcom não está entregando os upgrades para o novo Cloud Foundation 9, nem os updates de segurança, o que estava previsto no seu contrato original com a VMware.
Na ação, o Tesco aponta que usa 40 mil servidores virtuais, responsáveis inclusive pela operação das caixas.
O Tesco não é a primeira grande empresa a entrar na justiça contra a Broadcom. A operadora americana de telecomunicações AT&T e a gigante industrial Siemens também têm processos em curso.