Fundo inglês compra parte da Blue

O fundo inglês 3i vai comprar uma participação na Blue Interactive Group, uma empresa brasileira provedora de serviços de TV a cabo e banda larga por R$ 100 milhões. O tamanho da participação não foi revelado.

Segundo a Exame, a Blue foi escolhida entre 200 oportunidades de investimento, sendo a primeira aquisição do fundo no Brasil desde que chegou no país, em abril.

20 de dezembro de 2011 - 15:12
Fundo inglês compra parte da Blue

O fundo inglês 3i vai comprar uma participação na Blue Interactive Group, uma empresa brasileira provedora de serviços de TV a cabo e banda larga por R$ 100 milhões. O tamanho da participação não foi revelado.

Segundo a Exame, a Blue foi escolhida entre 200 oportunidades de investimento, sendo a primeira aquisição do fundo no Brasil desde que chegou no país, em abril.

Outras três empresas estão na mira do 3i, que aposta nos setores de negócios e serviços financeiros, consumo, indústria e energia, saúde e tecnologia, mídia e telecom.

No total, o fundo planeja investimentos entre US$ 30 milhões e US$ 100 milhões por transação. A participação do 3i nas empresas costuma variar entre três e sete anos.

Em um ano e meio, a empresa pretende dobrar sua receita.

A 3i já indicou Richard Alden para presidente do conselho de administração da Blue. Richard atuou como presidente da ONO, uma das operadoras líderes de TV a cabo na Espanha.

A Blue Interactive foi criada em 2008 por pioneiros da internet como Marcelo Lacerda, Sérgio Pretto e Sílvia de Jesus (os três ex-Nutecnet), com a finalidade de se tornar uma plataforma para aquisição de empresas no setor de TV por assinatura e banda larga.

Desde 2009, a empresa adquiriu participações majoritárias em operadoras de TV a cabo e hoje tem operações em 14 cidades e 9 estados brasileiros. A empresa foca em cidades de médio porte.

Sua primeira aquisição foi a Viacabo, um grupo de quatro empresas.

De acordo com o jornal Financial Times, os grupos de private equity levantaram US$ 255 milhões em transações no Brasil até o momento em 2010, frente a US$ 5,68 bilhões um ano antes, segundo dados da Dealogic citados pelo jornal.

Para o Financial Times, os motivos da retração são a crise europeia e o tamanho das transações realizadas.

No Brasil, apenas 250 cidades têm acesso à TV à cabo, num país com 5 mil municípios.

A indústria é dominada pela NET, seguida pela TVA. O restante é fragmentado entre 80 operadores diferentes.