
A rede de lojas norte-americana JCPenney está banida dos resultados iniciais de buscas do Google depois de ser flagrada trapaceando o algoritmo de buscas.
Segundo matéria do jornal The New York Times, a empresa usava o black hat para se promover.
Na prática, eles enganavam o motor de busca e ranqueamento do Google por espalhar referências aos seus sites através de páginas não relacionadas a compras.
Muitos links, por exemplo, estavam em sites de conteúdo pornográfico ou de jogos online.
Num dos casos, foi identificado um link com a palavra "black dresses" (vestidos negros) no site nuclear.engeneeringaddict.com, focado em engenharia nuclear, não no segmento de moda.
Casos semelhantes foram encontrados em mais de 2 mil links espalhados pela web.
A existência desses links só pode ter uma explicação, diz o NYT, são links pagos e o Google adverte incansavelmente webmasters e SEOs sobre a prática desse comércio de influência digital.
Matt Cutts, engenheiro-chefe do Google, entrou pessoalmente na questão e informou que as técnicas contradizem as diretrizes da empresa.
Como consequência, a empresa passou a ser banida manualmente do topo das buscas no site.
Na manhã da quarta-feira passada, dia 09, o site da JCPenney aparecia na primeira posição para Samsonite carry on luggage. Duas horas mais tarde, estava na posição 71.
A JCPenney se defende da acusação e afirma nada saber sobre a prática condenada pela Google. A empresa afirmou, ainda, que apenas 7% de seu tráfego advém de buscas orgânicas (resultados do Google fora os links patrocinados).
A agência de SEO contratada pela JCPenny, a SearchDex, não quis responder às perguntas feitas pela reportagem do New York Times sobre o assunto.