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O sonho da formatura acabou em BO. Foto: Deposit Photos.
Uma aluna de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) está sendo investigada por um suposto desvio de cerca de R$ 927 mil da poupança de formatura de sua turma.
Segundo o g1, o caso está sendo investigado pelo 16º Distrito Policial, que instaurou um inquérito para apurar o crime de apropriação indébita.
Alicia Dudy Muller Veiga, até então presidente da comissão de formatura, teria afirmado em mensagens no WhatsApp que transferiu quase R$ 1 milhão da poupança da turma para uma conta pessoal.
Com o dinheiro, ela alega ter aplicado R$ 800 mil na Sentinel Bank, uma corretora de investimentos que teria enganado a aluna e ficado com o valor. Segundo Veiga, o restante do valor sacado foi utilizado para pagar advogados para recuperar o dinheiro.
A movimentação feita por Veiga só foi percebida pela comissão no último dia 6 de janeiro, com a ocorrência sendo registrada no dia 10.
O dinheiro foi arrecadado por quatro anos pela empresa ÁS Formaturas e seria utilizado por mais de 110 alunos da turma.
"De toda a história contada, o único fato que temos certeza é a transferência do montante guardado sob custódia da empresa ÁS Formaturas para uma conta pessoal dela. Ainda estamos averiguando em que contexto foram realizadas as transferências", escreveram os alunos membros da comissão em uma nota.
Segundo a produtora, "todas as transferências foram realizadas rigorosamente conforme estabelecido nas cláusulas contratuais".
Os históricos, tanto da estudante quanto da Sentinel Bank, não são dos melhores.
No ano passado, Veiga foi investigada por estelionato e lavagem de dinheiro após ter realizado apostas em uma casa lotérica na Zona Sul de São Paulo.
Inicialmente, ela teria apostado cerca de R$ 461 mil e, depois, solicitado quase R$ 891,5 mil em apostas.
Questionada sobre o pagamento, a aluna disse que fez um agendamento e transferiu apenas R$ 891,53, com a expectativa que os funcionários acreditassem que seria o valor total.
Após uma discussão, Veiga saiu da lotérica sem pagar R$ 193,8 mil, valor total de cinco apostas de R$ 38,7 mil.
Já a Sentinel Bank, especializada em comprar ações na Bolsa, prometia devolver rendimentos de até 6,4% ao mês.
Em julho de 2021, a corretora foi investigada e teve seus bens bloqueados pela Operação Traders, da Polícia Federal (PF), que cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da empresa em Umuarama, no Paraná.
Segundo o Estadão, a suspeita é de que a Sentinel Bank captou R$ 200 milhões e não realizou repasse aos seus investidores, além de usar 22 empresas que não eram autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O g1 também apurou que a PF contabilizou milhares de vítimas nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro.