
Área de check-in de Congonhas - Foto: Rovena Rosa - Agência Brasil
O Aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo, deu início às obras de ampliação e modernização de seu aeródromo com um investimento bilionário de R$ 2,4 bilhões, com término previsto para junho de 2028.
Segundo a Aena, administradora aeroportuária espanhola que ganhou a concessão do aeroporto paulistano, Congonhas terá um novo terminal, o dobro do tamanho atual, com aproximadamente 100 mil metros quadrados, melhorias nos processos de embarque e desembarque e ganhos em eficiência operacional.
Congonhas é o segundo aeroporto mais movimentado do país, com 10,8 milhões de passageiros, ficando atrás apenas de Guarulhos, que, no mesmo período, registrou 20,3 milhões.
O terminal é considerado a principal porta de entrada e saída para as cidades brasileiras em voos domésticos.
As obras incluirão ampliações nas salas de check-in, novas pontes de embarque, portões de embarque remoto, aumento para até 17 canais de inspeção e novas esteiras para restituição de bagagens.
Uma das principais novidades será a remodelação da área de parada de aeronaves, que passará a receber modelos de maior capacidade, como o Airbus A321neo e o Boeing 737 Max 10.
A aviação comercial contará com um novo pátio de 215 mil metros quadrados, ampliando de 30 para 37 as posições de parada de aeronaves, além de reformas estruturais nas pistas e pátios, entre outras melhorias.
Também será criada uma nova praça de pick-up com 72 vagas para embarques em carros de aplicativos, além de um incremento na área de meio-fio, que passará para 250 metros, permitindo embarque e desembarque mais fluido dos passageiros. Haverá, ainda, um acesso direto à futura estação do metrô.
O aeroporto também contará com 20 mil metros quadrados dedicados a áreas comerciais, aquisição de novos equipamentos, adoção de tecnologias inovadoras e infraestrutura sustentável, visando à redução de emissões de CO2.
Durante as obras, haverá uma redução no número de voos diários. Atualmente, Congonhas opera com 44 movimentos por hora, cerca de 80% de sua capacidade. Com a diminuição, o número cairá para 40, reduzindo as atividades da aviação executiva.
Congonhas enfrenta, ao longo dos anos, diversas queixas relacionadas a atrasos, cancelamentos de voos e longas filas. Um relatório do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), órgão da Força Aérea Brasileira (FAB), classificou o aeroporto como um dos menos pontuais do país.
O anúncio das obras e melhorias foi feito nesta quarta-feira, 11, em evento que contou com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do secretário nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, e do vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, entre outras autoridades.
A Aena é considerada uma das maiores operadoras aeroportuárias do mundo, sendo responsável pela gestão de 79 aeroportos e dois heliportos em seis países.
No Brasil, a empresa administra 17 aeroportos em nove estados, com destaque para Congonhas, que é o segundo maior em embarques e desembarques.
Na Espanha, a Aena opera 46 aeroportos e dois heliportos. É acionista controladora, com 51%, do aeroporto de Londres-Luton, no Reino Unido, além de participar da gestão de aeroportos no México (12), Jamaica (2) e Colômbia (1).
Em 2023, os terminais geridos pela Aena movimentaram mais de 410 milhões de passageiros, sendo 283 milhões na Espanha e 41 milhões no Brasil.