Elea está sempre em busca de novas compras. Foto: Pexels.
A Elea Digital fechou a compra do data center da TIM em Porto Alegre.
Ambas empresas não divulgaram o negócio, que foi revelado pelo site especializado Tele Síntese a partir de documentos enviados pela TIM para o Cade, órgão do governo que precisa aprovar a transação.
A documentação não abre o valor da venda, ou informações mais concretas sobre o tamanho do data center. A TIM seguirá usando parte da infraestrutura em regime de colocation.
A venda não é nenhuma surpresa. A tele já havia informado ao mercado em março de 2021 que se desfaria dos ativos até 2023.
Na mesma época, a TIM fechou um grande contrato com a Microsoft e Oracle. Na época, foi divulgada a migração de 100% dos sistemas da empresa para a nuvem.
A TIM está focada em operar data centers menores e pulverizados, focados em melhorar a entrega dos serviços de telecomunicações (ou, para usar um chavão, a operadora está investindo em edge computing).
Até o final de 2023, a companhia terá 67 data centers de borda. Atualmente, são 46 data centers edge em funcionamento.
Já para a Elea, a compra é mais uma numa série de aquisições de data centers, com um perfil similar: grandes estruturas deixadas para trás por donos que estão migrando para a nuvem.
A Piemonte Holding, o fundo de investimentos carioca por trás do Elea, já havia comprado cinco centros de dados da Oi por R$ 425 milhões em 2020.
Os data centers estão localizados em Curitiba, Porto Alegre, São Paulo e Brasília, com duas unidades. A Oi fechou antes um grande contrato com a Oracle.
No mesmo ano, também foi adquirido o data center da Globo, uma grande estrutura no Rio de Janeiro.
Localizado nas proximidades do Parque Olímpico, zona oeste da capital fluminense, o data center é Tier III e foi um investimento feito pela Globo para a cobertura dos Jogos Olímpicos de 2016. A Globo fechou um grande contrato com o Google Cloud.
Maurício Renner
Editor at Baguete Diário