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IBM na nuvem do Serpro

AWS, Huawei, Microsoft e Oracle já estão dentro. Agora só falta você, Google.

02 de fevereiro de 2022 - 06:25
O que vai ser? Huawei, Oracle, IBM, Microsoft ou AWS? Foto: Pexels.

O que vai ser? Huawei, Oracle, IBM, Microsoft ou AWS? Foto: Pexels.

O Serpro fechou um acordo para incluir a IBM no cardápio de intermediação de contratação de nuvem para órgãos públicos, com um contrato de R$ 40,3 milhões para cinco anos.

Com isso, a IBM se torna a quinta oferta disponível pela estatal federal de tecnologia, junto com AWS, Huawei, Microsoft e Oracle.

A AWS foi a primeira a entrar, com um contrato de R$ 71,2 milhões ainda em 2019. Depois vieram Huawei (R$ 23 milhões), Microsoft (R$ 22,6 milhões) e Oracle (R$ 41,5 milhões).

As condições são sempre as mesmas: contratos de cinco anos, nos quais os valores fechados são apenas uma base, cuja concretização vai depender de quanto o Serpro vai efetivamente vender no final.

Todos os acordos são diretos, sem licitação, com base em uma dispensa prevista na Lei de Estatais.

O modelo de atuação do Serpro prevê a composição do preço final a partir de duas contas: a unidade de serviço de nuvem, pertencente ao parceiro, e a unidade de serviço técnico, que é a parte do Serpro na equação.

O Serpro está montando um portfólio representativo dos maiores players de computação em nuvem, no qual começa a chamar mais a atenção quem está fora do quem está dentro.

Com a entrada da IBM no cardápio do Serpro, fica faltando apenas o Google Cloud, o terceiro grande player na nuvem pública atrás de AWS e Microsoft; e talvez algum grande data center brasileiro que consiga organizar algo equivalente aos gigantes de tecnologia.

O governo federal está fazendo grandes investimentos em migração para nuvens públicas de grandes fornecedores internacionais.

Em abril de 2021, a Extreme Digital Solutions, uma empresa de médio porte com forte presença no setor público, foi a ganhadora do pregão da para escolher uma integradora de nuvem pública para o governo federal, com uma proposta de R$ 65,94 milhões.

A empresa fez uma proposta combinando as nuvens da AWS, Huawei e Google. Ao todo, 44 órgãos públicos mostraram interesse.

O desconto oferecido foi significativo, uma vez que a licitação chegou a ser estimada inicialmente em R$ 340 milhões.

De qualquer maneira, as contratações finais podem ser muito superiores ao valor fechado inicialmente.

Organizada pelo Ministério do Planejamento ainda no governo Michel Temer, em 2018, a primeira licitação do tipo foi vencida pela Embratel com a nuvem da AWS, com um valor inicial de R$ 30 milhões para 10 órgãos. Com 13 adesões posteriores, o valor chegou a R$ 55 milhões. 

ESTATAIS ESTADUAIS PREPARAM OFERTA

Além do Serpro e do Ministério da Economia, está surgindo no mercado uma terceira oferta de broker de nuvem pública focado em governo.

No ano passado, 11 empresas estaduais de tecnologia de todo país (veja a lista abaixo) e a Procempa, estatal municipal de Porto Alegre, assinaram um termo de cooperação técnica visando elaborar uma licitação nesse sentido.

A Procergs, estatal gaúcha de tecnologia, vai liderar a parte licitatória, criando um registro de preços para contratação de serviços de nuvem. 

Pela lógica das atas de preço, a adesão pode ser maior do que o grupo inicial, que forma uma apenas uma base de valor.

A cooperação se dá por meio da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP), que reúne as estatais públicas de TI.