
Usuário prefere guardar seu rico dinheirinho. Foto: Depositphotos.
Dos quase 800 milhões de usuários do ChatGPT, apenas 5% pagam para usar a versão premium do produto.
É o que aponta um executivo sênior da empresa ouvido pelo Financial Times. Isso significa que só 40 milhões de pessoas assinam um plano pago, que pode ficar em US$ 20 ou US$ 200 por mês.
Empresas de consultoria já tinham chegado em números parecidos, comparando a receita anual de US$ 10 bilhões com a quantidade de usuários.
O mais chamativo é que a quantidade de usuários pagantes nem chega a ser ruim, comparando com a média do mercado.
A Menlo Ventures calcula que apenas 3% dos 1,8 bilhão de usuários de ferramentas de IA generativa no mundo pagam por algum serviço.
Para completar, o potencial de crescimento não é dos melhores, pelo menos agora mesmo: uma pesquisa da Abeerdeen para o ZDNET em maio apontou que só 8% dos usuários toparia pagar para usar IA.
O problema é que as assinaturas dos usuários são hoje 70% da receita recorrente da OpenAI, que está perdendo cerca de três vezes mais dinheiro do que ganha.
De acordo com um relatório publicado no mês passado pelo The Information, a OpenAI arrecadou US$ 4,3 bilhões em receita no primeiro semestre de 2025, mas registrou prejuízo líquido de US$ 13,5 bilhões no mesmo período.
Mais da metade dessa perda está relacionada à “reavaliação de direitos de participação conversível”, o que, segundo o The Information, se refere a bilhões de dólares em ações conversíveis emitidas para investidores.
O Financial Times informa que a OpenAI teve um prejuízo operacional de cerca de US$ 8 bilhões no primeiro semestre do ano, presumivelmente sem incluir essas obrigações com ações.
O jornal também diz que a OpenAI está atualmente registrando US$ 13 bilhões em receita anual recorrente, baseando-se numa projeção baseada em uma receita mensal superior a US$ 1 bilhão, que alguns analistas consideram duvidosa.