REESTRUTURAÇÃO

Oi corta 2,6 mil funcionários

Operadora registrou prejuízo de R$ 1,26 bilhão no primeiro trimestre deste ano.

15 de junho de 2023 - 11:51
Do ano passado para cá, a companhia já reduziu em 38,2% seu quadro de funcionários. Foto: Divulgação

Do ano passado para cá, a companhia já reduziu em 38,2% seu quadro de funcionários. Foto: Divulgação

A Oi, maior operadora de telefonia fixa do Brasil, demitiu 2,6 mil funcionários no primeiro trimestre deste ano. 

Do total, cerca de 1,1 mil funcionários trabalhavam na Oi S.A. e, os demais, em subsidiárias.

Conforme o Tele Síntese, os desligamentos eram esperados e estavam previstos no plano de reestruturação da operadora.

“Desde o início do 2T22, a Companhia iniciou a fase de transição para uma nova estrutura organizacional, mais leve e flexível, com objetivo de atender à crescente demanda por serviços digitais no país, ao mesmo tempo em que vem ganhando escala e amadurecendo o novo modelo operacional na fibra”, afirmou a Oi em seu balanço financeiro.

Do ano passado para cá, a companhia já reduziu em 38,2% seu quadro de funcionários, resultado da venda de 57,9% da V.tal ao banco BTG e da Oi Móvel para as operadoras Claro, TIM e Telefônica.

A Oi registrou prejuízo de R$ 1,26 bilhão no primeiro trimestre deste ano. Um ano antes, no mesmo período, registrou um lucro de R$ 1,62 bilhão.

O prejuízo, segundo o Tele Síntese, levou a companhia a terminar o mês de março com um caixa de R$ 1,8 bilhão, uma queda de 44% em relação ao trimestre anterior. 

Os números trimestrais foram apresentados na última quarta-feira, 14, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) como parte do processo de recuperação judicial.

Em relação a ganhos, a receita em fibra óptica, principal aposta da operadora, cresceu 21%, chegando a R$ 1,1 bilhão e 4 milhões de clientes, 13% a mais que no primeiro trimestre do ano passado. 

A fibra equivale à metade da receita total da Nova Oi, que reúne a concessão de telefonia fixa e o braço corporativo Oi Soluções. A empresa registrou entradas de R$ 2,22 bilhões, alta de 4,8% em relação ao mesmo período de 2022.

Apesar da alta com a fibra óptica, a banda larga da Oi teve pouco crescimento e o market share da companhia diminuiu, passando de 19,1% em março do ano passado para 17,9% em março deste ano.

Já a Oi Soluções faturou R$ 701 milhões, alta de 12,9% no ano a ano, e a concessão de telefonia fixa faturou R$ 312 milhões, uma queda de 47,2% nas receitas. 

A companhia também reduziu em 86,8% seus investimentos de capital (Capex), com registro de R$ 219 milhões no trimestre, e reduziu seus gastos operacionais (Opex) de rotina em 26,9%, totalizando R$ 2,3 bilhões no primeiro trimestre deste ano.

Assim, o EBITDA da Oi fechou em R$ 193 milhões, uma queda de 84,2% em comparação com o primeiro trimestre de 2022.