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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil.
A Petrobras acaba de contratar a solução da Aevo, startup de Vitória especializada em gestão de inovação, com o objetivo de otimizar o seu processo de engajamento com o ecossistema de startups do país.
Em janeiro deste ano, a petroleira já havia anunciado a Aevo entre as cinco startups escolhidas para um desafio chamado Fast Track, com foco em soluções já aplicadas no mercado ou em validação.
Agora, fez da capixaba a primeira empresa contratada no Brasil na modalidade Contrato Público de Solução Inovadora (CPSI), criada a partir da sanção do Marco Legal das Startups (MLS). O contrato, a princípio, tem a duração de um ano.
Por meio da plataforma Aevo Innovate, a área de inovação da Petrobras poderá lançar desafios de Open Innovation, se conectar com soluções e, a cada ideia sugerida pelos seus funcionários para melhorar processos internos, a inteligência artificial filtra e identifica empresas que podem ser contratadas para resolver o desafio.
Na outra ponta, terá auxílio no gerenciamento de projetos que entram em fase de implementação, para que todos tenham controle e conhecimento sobre o andamento das ações.
“O objetivo é desenvolver tecnologia com alto potencial de geração de valor e ao mesmo tempo alavancar os parceiros com esta oportunidade. Neste programa, podemos desenvolver a solução, implantar, escalar e sustentar, pois o sucesso pode levar a um contrato de mais longo prazo”, explica Juliano Dantas, diretor de transformação digital e inovação da Petrobras.
Segundo Luís Felipe Carvalho, CEO e cofundador da Aevo, a plataforma vai ajudar a Petrobras a utilizar ainda mais o Marco Legal da Startups, pois permitirá conexões mais aceleradas e estruturadas com essas empresas.
“Estamos muito orgulhosos de fechar essa parceria com a Petrobras. Foi um processo bem dinâmico, proporcionado pelas novidades trazidas no MLS, que permite às instituições realizarem contratações com base nos problemas, e não em uma lista de requisitos. Isso é fundamental quando falamos em implementação de inovações”, destaca Carvalho.
Sancionado em junho de 2021, o MLS permite que o poder público contrate startups de forma experimental por meio de processos licitatórios, com validade de até 12 meses, prorrogáveis por mais 12.
Após o período experimental, é permitida a recontratação posterior por um período de 24 meses, prorrogáveis por igual período, sem a necessidade de um novo edital.
A Aevo foi criada em 2007 e conta com uma base de 15 mil startups e mais de 150 clientes, entre eles Alstom, AmBev, Arcelor Mittal, BIC, CPFL Energia, CCR, MRV&CO, Senac e SulAmérica.
Em 2020, a empresa recebeu um aporte que pode chegar a R$ 4,2 milhões com recursos do Fundo Criatec 3, criado pelo BNDES e gerido pela KPTL.