RUMOS

Rio Grande do Sul é 100% Office 365

Procergs migrou 58 mil servidores do governo gaúcho para a solução da Microsoft.

09 de novembro de 2022 - 09:25
Migração foi concluída com um evento na Procergs. Foto: Lucas Motzkus / Ascom SPGG

Migração foi concluída com um evento na Procergs. Foto: Lucas Motzkus / Ascom SPGG

A Procergs concluiu nesta semana a migração de 58 mil servidores de 49 secretarias e órgãos da administração direta e indireta para o Office 365, solução na nuvem da Microsoft para comunicação e escritório.

O processo foi feito de maneira escalonada desde março. A conclusão foi a migração dos 5,6 mil servidores da Polícia Civil, ainda em outubro. 

Com a conclusão do processo, agora todos terão acesso ao pacote com cerca de 25 programas que permitem a execução de ações que vão desde a edição de texto, planilhas de cálculos e apresentações até o uso de e-mails, calendários, chamadas de áudio e vídeo, compartilhamento de documentos, entre outros. 

No pacote de aplicativos aos quais os servidores agora têm acesso estão os conhecidos Word, PowerPoint e Excel (Pacote Office) e Outlook, mas também o Teams, programa para realização de reuniões virtuais, chamadas de voz e chat, e o One Drive, serviço para armazenamento de documentos e compartilhamento.

“Desde a sua concepção, este projeto foi formatado dentro do conceito de serviço transversal. Trata-se de uma ferramenta completa, que possibilita o trabalho colaborativo visando a geração de resultados, a partir de uma série de recursos que a plataforma Office 365 oferece”, afirma o diretor-presidente da Procergs, José Antonio Leal.

A implementação, que não teve o valor revelado, foi feita através de uma nova modalidade de compra pública no Rio Grande do Sul, os chamados “contratos de serviços transversais”.

A ideia é fazer compras em volume de serviços que podem ser compartilhados por diversas secretarias e órgãos e já foi usada para comprar antivírus e telefonia fixa, com novas compras em fase de planejamento, como telefonia móvel, suporte de TIC, entre outros.

Com a implementação do Office 365, saiu de cena no Rio Grande do Sul o Expresso, uma solução open source mais focada em e-mail, criada em 2005 pela Celepar, estatal paranaense de processamento de dados.

O Expresso chegou a ter uma presença maciça na administração pública em nível federal durante as administrações petistas, mas já vem em muitos anos em queda livre. 

Das 500 mil contas registradas no auge a nível federal, sobravam 56 mil em 2016, quando foi feita a última divulgação da cifra. Hoje, ela provavelmente se aproxima a zero, com o avanço na administração pública de soluções na nuvem de grandes provedores internacionais.

A vida é feita em ondas, da cor do mar, já dizia aquela música do Lulu Santos. 

Em julho de 2013, quase 10 anos atrás, o governo do Rio Grande do Sul assinou uma medida que tornava obrigatória a adoção na administração pública do LibreOffice, uma versão open source do Office da Microsoft.

O software rodava localmente, combinado com o Expresso, em um mundo no qual a adoção de soluções na nuvem ainda engatinhava.  De acordo com dados do Gartner da época, o  Google Docs ainda nao chegava a 2% dos usuários de suítes de escritório no mundo. 

A assinatura foi feita durante o Fórum de Software Livre em Porto Alegre, um evento de alcance mundial que servia como um centro da discussão sobre adoção de software open source na administração pública e no qual a Microsoft era sempre o grande vilão, e hoje não existe mais.