
Kleber Martins de Souza, head de Digital Business da Singulahr. Foto: Divulgação
A Stefanini acaba de criar uma empresa separada para vender soluções voltadas para a área de recursos humanos, o que se chama hoje em dia de uma HRTech.
A nova Singulahr começa com 25 funcionários, e clientes como a Rumo, Belgo Bekaert, Café 3 Corações, Zurich Seguros e LPHT.
A oferta inclui soluções que estavam no portfólio da Stefanini há algum tempo, como registro de ponto eletrônico com certificação digital, e a Sophie, uma assistente virtual focada no atendimento a colaboradores.
Também estão no pacote softwares para automatização de recrutamento e seleção, admissão, avaliação de desempenho e plataforma de treinamentos.
De todos os produtos, o mais badalado em seu momento foi assistente virtual Sophie, uma das estrelas da Stefanini no Ciab Febraban de 2017, com a qual a empresa chegou a levar um grande contrato na Caixa.
“A adoção da nova denominação traduz o significado de singularidade que queremos levar aos nossos clientes e seus colaboradores, com uma conexão única, direta e amigável para as companhias que precisam desse dinamismo e agilidade”, afirma Kleber Martins de Souza, head de Digital Business da Singulahr.
Souza está na Stefanini há três anos, atuando sempre em Sorocaba, cidade no interior de São Paulo onde ficava a Woopi, uma empresa de aplicativos de internet, portais e softwares para o mercado digital comprada em 2012, a partir da qual surgiu a assistente Sophie.
Trocando um pouco mais em miúdos, a Stefanini parece ter decidido juntar um grupo de soluções complementares que talvez estivessem um pouco dispersas pela organização (a Stefanini tem 30 mil funcionários no total) para criar um player mais efetivo em um mercado de nicho concorrido.
Ainda no final de setembro, a Benner, um dos maiores players de software de gestão do país, fez a mesma coisa com a criação da Yevo, uma spin off de parte do seu produto focado em recursos humanos.
Lançada com um investimento inicial de R$ 5 milhões, a Yevo foca exclusivamente em gestão de desempenho, destacando o desenvolvimento de competências, feedback e o acompanhamento das metas, que também são parte da oferta da nova Singulahr.
Agora é ver se a Stefanini e a Benner conseguem recuperar o espaço perdido para uma leva de HRtechs surgidas nos últimos anos.
A Gupy, uma HRTech fundada em 2015 que é talvez o maior caso de sucesso no nicho, recebeu em janeiro um aporte de R$ 500 milhões.