
A vida ficou complicada para o Zoom. Foto: Depositphotos.
O Zoom fechou o ano passado com um faturamento de US$ 4,3 bilhões, uma alta de 7% frente aos resultados de 2021. O lucro ficou em US$ 245 milhões, uma queda de 76% na mesma comparação.
Os resultados mostram que os anos dourados de crescimento possibilitados pela pandemia do coronavírus estão definitivamente superados. Nos últimos dois anos, o Zoom teve crescimentos de 55% e 326%, no auge da pandemia.
Assim como outras grandes companhias de tecnologia, o Zoom reagiu aos novos tempos com demissões, tendo cortado 15% da força de trabalho em fevereiro.
Só em 2022, o Zoom tinha aumentado o número de funcionários em 50%, para um total de 6,7 mil.
Como vocês se lembram, o Zoom se tornou uma parte da vida cotidiana durante a pandemia, quando a sua solução de videoconferência se tornou imensamente popular.
A partir daí, o Zoom tentou diversificar, criando uma solução aderente às necessidades de clientes corporativos, com funções de colaboração, contact center e VoIP.
Hoje, quase um terço do faturamento vem de 3,4 mil clientes, cujos pagamentos ficam acima de US$ 100 mil por ano.
O problema é que esse perfil de clientes anda muito focado em reduzir custos, o que torna a oferta de grandes concorrentes com pacotes de produtos mais interessante do que o Zoom, que ainda está amadurecendo sua oferta.
A projeção de crescimento do Zoom para 2023 é de 1% ou 2%.