Funcionários da Cemig na rua. Foto: Divulgação.
A Cemig, uma das maiores empresas do setor elétrico brasileiro, vai migrar o seu sistema de gestão do ECC 6.0 da SAP para o S/4 Hana rodando na nuvem.
O projeto será entregue pela Megawork. Além do novo ERP da SAP, estão previstas também novas funcionalidades baseadas em inteligência artificial, machine learning e análise de dados.
As primeiras sprints de entrega do projeto estão previstas para março de 2024 e finalização para 2025.
O sistema da gestão da Cemig tem cerca de 6 mil usuários, o que torna a migração na empresa controlada pelo governo de Minas Gerais uma das maiores no segmento de governo do país.
A iniciativa faz parte de um programa de investimentos amplo da Cemig, que prevê a aplicação de mais de R$ 42 bilhões no sistema elétrico da companhia até 2027.
O plano prevê uma grande aceleração no ritmo da empresa, que costumava inaugurar cinco subestações por ano, e agora prevê 200 novas instalações em cinco anos, um aumento de 50% na quantidade total.
Do lado de TI, isso implica em uma “revolução em toda a arquitetura de sistemas da companhia”, a fim de padronizar e unificar diversas plataformas, aponta a Megawork em nota.
“Esperamos juntar as melhores práticas de mercado para modernizarmos nossos processos de negócio", comenta Djim de Andrade Martins, gerente de arquitetura de sistemas e engenharia de software da Cemig.
Alguns dos resultados práticos esperados são a automação dos processos na área de compras, visando maior agilidade na aquisição de materiais e, também na entrada e saída de notas fiscais
“Dessa forma, segundo ele, as sete regionais da Cemig poderão contar com uma plataforma 100% integrada para gerir a operação”, revela Martins.
São esperados ainda impactos nos setores de logística e manutenção.
Contou pontos para a Megawork no edital o fato da empresa ser uma fábrica de conversão homologada pela SAP.
A migração do ECC para o S/4 numa empresa como a Cemig envolve a transferência de muitas customizações no sistema (os chamados Zs, no jargão do mercado), o que levou à criação de todo um mercado de especialistas em acelerar o processo, do qual a Megawork afirma ser um dos pioneiros.
Uma das metas da migração é inclusive aumentar o uso do ERP padrão, deixando as customizações em menos de 10% do sistema como um todo.
Tudo isso ganha um grau de complicação adicional no setor elétrico, cujos projetos têm um grau de complexidade adicional, e no qual consultores são um bem escasso.
Aqui a Megawork tem a seu favor um histórico de clientes na área incluindo Esgás, Eletrobrás, Furnas Eletrobrás, Eletronorte, CGTE, Eletrosul e Itaipu Binacional.
A Megawork conta com mais de 350 profissionais, opera em todo o país com unidades em São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.
Maurício Renner
Editor at Baguete Diário