Luciana Pinheiro, diretora da Citrix Latam no Brasil.
A Citrix vai vender alguns dos seus produtos por separado no Brasil e na América Latina, revertendo na região a política comercial da empresa para o resto do mundo.
Em nota, a empresa afirma que os clientes latino americanos podem comprar o Unicon, Citrix Secure Private Access, Citrix Secure Developer Spaces e XenServer de maneira “modular”.
Da lista, o XenServer é de longe o produto mais conhecido. A plataforma serve para fazer a virtualização usada para criar e gerenciar máquinas virtuais em servidores.
Os outros três primeiros produtos da lista são oriundos das aquisições da Unicon, Strong Network e DeviceTrust, feitas nos últimos dois anos e focam em aspectos complementares como sistemas operacionais leves para thin clients, acesso seguro a equipamentos e ambiente de desenvolvimento de software.
A medida inédita é uma reversão ao curso mundial da Citrix, que está apostando em pacotes, pelos quais os clientes têm acesso a funcionalidades de todos os produtos.
Os pacotes aumentam o tíquete médio da empresa (é exatamente esse o objetivo da estratégia), mas tornam a companhia como um todo menos atrativa para pequenas e médias empresas, que muitas vezes querem uma solução pontual a um preço mais baixo.
“Com a flexibilidade de contratação, as empresas podem escolher apenas os produtos que realmente precisam naquele momento, otimizando investimentos de acordo com porte da empresa, setor e maturidade em segurança ou virtualização”, afirma Luciana Pinheiro, diretora da Citrix Latam no Brasil.
Pinheiro está na Citrix desde 2019, quando foi contratada como diretora comercial, tendo assumido o comando geral no começo de 2022.
A executiva parece estar fazendo alguns ajustes no comercial da Citrix.
Recentemente, a empresa trouxe para o Brasil a Licencias OnLine (LOL), uma distribuidora argentina de tecnologia com a qual a empresa já atuava em nível latino-americano.
Foi uma decisão chamativa, tendo em conta que até agora a Citrix era distribuída no Brasil apenas para Ingram Micro, uma das maiores empresas dessa área no mundo.
A ideia é que a LOL foque em um valor agregado maior e investimento em pré-vendas, com foco em serviços agregados, treinamentos e suporte. A Ingram seria mais forte na “logística e transacional”.
Maurício Renner
Editor at Baguete Diário