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Foto: Deposit Photos.
A Google realizou uma rodada de demissões no Brasil nesta sexta-feira, 10, parte do corte de 12 mil pessoas anunciado globalmente pela companhia.
De acordo com o site Bloomberg Línea, o número de pessoas desligadas localmente não foi divulgado, mas as demissões afetam pelo menos duas áreas: a do Waze e a equipe comercial para grandes empresas.
Quando o corte global foi anunciado, em 20 de janeiro, a Alphabet informou que funcionários dos Estados Unidos afetados pelo corte já haviam recebido um e-mail sobre a demissão.
Em outros países, o processo levaria mais tempo por conta de leis e práticas locais.
Assim como em outras grandes gigantes de tecnologia, a demissão em massa no Google já era um fato esperado.
Em setembro do ano passado, a empresa implementou medidas duras para aumentar em 20% a produtividade na companhia, com simplificação de processos internos e cortes de custos.
Também como outras grandes de tecnologia, a Alphabet passou por um grande crescimento de equipe depois da pandemia.
A companhia tinha 118 mil funcionários em 2019, um número que saltou para 156 mil em 2021, uma alta de 32%. De lá para cá, houve ainda um aumento de 11%, para 174 mil.
"Como uma empresa de quase 25 anos, estamos fadados a passar por ciclos econômicos difíceis. Nos últimos dois anos, vimos períodos de crescimento dramático. Para acompanhar e alimentar esse crescimento, contratamos para uma realidade econômica diferente da que enfrentamos hoje", explicou Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet.
Para Christopher Hohn, fundador do fundo de cobertura TCI Management, o corte é “um passo na direção certa”, mas ainda insuficiente para colocar a companhia no rumo ideal.
Em uma carta aberta destinada a Pichai, Hohn escreveu que o Google deveria demitir mais 30 mil funcionários, reduzindo sua equipe aos níveis do final de 2021, através de um corte de 20% frente ao quadro de colaboradores registrado no começo deste ano.