
Wilson Ferreira Jr. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.
A Eletrobras, uma das maiores empresas do setor elétrico brasileiro, vai migrar a sua infraestrutura de uma nuvem privada para o Google Cloud.
Em nota, o Google afirma que a Eletrobras deve fazer “uso intensivo de dados e soluções de inteligência artificial” nas áreas de gestão de ativos de transmissão e geração, comercialização de energia e gestão da sustentabilidade empresarial.
Entre as possibilidades estão o desenvolvimento de indicadores para redução de riscos, otimização de manutenção, projetos de inovação em operações, gestão de ativos atuais e planejamento de implantação de novos ativos.
“A parceria vai permitir otimizar o desempenho dos ativos de geração e transmissão, além de ser um braço fundamental da intensificação dos investimentos em fontes limpas, prevista pela alta administração no cenário pós-capitalização”, explica o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior.
Ferreira, que já havia presidido a Eletrobras entre 2016 e 2021, reassumiu o cargo em setembro, depois de o governo federal privatizar a empresa, se tornando um acionista minoritário na nova empresa.
A operação movimentou mais de R$ 30 bilhões, transformando a companhia em uma corporação com múltiplos investidores.
As empresas não chegam a abrir detalhes, mas esse deve ser um dos maiores contratos do Google Cloud no Brasil no ano de 2022.
Os planos de Ferreira são ousados. A meta é elevar a capacidade de investimentos da Eletrobras para R$ 15 bilhões ao ano, para torná-la num futuro próximo “a maior empresa global em eletricidade renovável”.
A Eletrobras tem 35 usinas hidrelétricas, 9 termelétricas, 20 usinas eólicas e uma usina solar, responsáveis por 23% do total da capacidade de geração do país.