FIM

Justiça decreta falência da ITA

Companhia aérea faz parte do Grupo Itapemirim, que acumulou mais de R$ 2 bi em dívidas.

18 de julho de 2023 - 12:37
A Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) estava sem operações desde a véspera de Natal de 2021. Foto: Divulgação

A Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) estava sem operações desde a véspera de Natal de 2021. Foto: Divulgação

A Justiça de São Paulo decretou a falência da Itapemirim Transportes Aéreos (ITA), companhia aérea que começou a atuar em julho de 2021 e está sem operações desde a véspera de Natal do mesmo ano.

A empresa faz parte do Grupo Itapemirim, que estava em recuperação judicial desde 2016 e teve sua falência decretada em setembro do ano passado, com dívidas de R$ 253 milhões a credores e R$ 2,2 bilhões em tributos.

A falência do braço aéreo do Grupo foi decretada pelo juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, que também determinou a nomeação de um administrador judicial para avaliar e lacrar os bens da empresa.

Conforme o g1, a EXM Partners Assessoria Empresarial ficou com a administração e terá 180 dias para arrecadar e avaliar todos os bens da ITA, além de colocá-los à venda e informar a falência a órgãos públicos como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e os Correios.

Os credores terão 15 dias para apresentar à EXM a quantia que a companhia deve a eles e validar os valores que a Itapemirim repassou à administradora.

HISTÓRICO

O Grupo Itapemirim, mesmo em meio a uma recuperação judicial, lançou em maio de 2021 seu braço aéreo, a Itapemirim Transportes Aéreos. 

Na véspera de Natal do mesmo ano, a empresa suspendeu todas as suas operações, afirmando que a suspensão era temporária e estava ligada a uma "reestruturação interna" e à "necessidade de ajustes operacionais".

Em sete meses de operação, a ITA já enfrentava problemas, como atrasos de salários e benefícios a colaboradores, dívidas com fornecedores e voos cancelados.

"Cerca de 20 tripulantes estavam espalhados pelo Brasil a trabalho e ficaram sem auxílio da empresa para comer e até voltar para casa. Fizemos contato com outras companhias aéreas para elas darem carona de volta para eles", afirmou Henrique Hacklaender, diretor do Sindicato Nacional dos Aeronautas, ao g1.

Segundo Hacklaender, a ITA possuía 340 tripulantes, grande parte deles vindos da Avianca Brasil, que havia tido sua falência decretada em julho de 2020.