EXPORTAÇÃO

Líder do Pix está no FMI

Carlos Eduardo Brandt deixou o Banco Central depois de 23 anos para compartilhar a experiência brasileira.

17 de novembro de 2025 - 12:28
Carlos Eduardo Brandt. Foto: LinkedIn.

Carlos Eduardo Brandt. Foto: LinkedIn.

Carlos Eduardo Brandt, profissional que liderou o time que desenvolveu o Pix, trocou o Banco Central do Brasil pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), onde atua como especialista sênior do setor financeiro desde agosto.

Brandt passou mais de 23 anos no BC, onde começou a carreira como analista e passou por diversos cargos até chegar a posições como consultor e chefe adjunto de departamento.

O executivo é bacharel em direito pela IESB e em engenharia civil pela Universidade de Brasília, com especialização em direito pela Universidade Cândido Mendes e em finanças e serviços gerenciados financeiros pela Fundação Getulio Vargas.

Em 2021, quando o Pix completou um ano, o profissional foi o único brasileiro na lista da Bloomberg das 50 pessoas que definiram os rumos dos negócios globais. 

No FMI, a ideia do especialista é usar o conhecimento acumulado com a experiência brasileira para ajudar a melhorar o sistema financeiro internacional, buscando soluções para simplificar a realização de pagamentos instantâneos entre países.

"A minha percepção foi de que eu poderia contribuir com outros países e numa escala global. Tentar apoiar na medida que for possível a agenda de pagamentos entre países", disse Brandt à BBC News Brasil.

O brasileiro tem observado de perto iniciativas como o projeto de interligação financeira dos 16 países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e o Nexus, do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), que propõe interligar sistemas de pagamentos de diversos países e permitir transações entre eles de forma instantânea.

O Nexus já foi apelidado de "Pix internacional" e está sendo implementado inicialmente em cinco nações asiáticas: Índia, Malásia, Filipinas, Singapura e Tailândia.

O FMI é uma organização com 190 países membros que trabalha para promover a cooperação monetária global, assegurar a estabilidade financeira e facilitar o comércio internacional. 

Sua função principal é agir como um "banco de último recurso", fornecendo empréstimos a países que enfrentam graves dificuldades econômicas, como problemas na balança de pagamentos. Em troca, esses países assumem o compromisso de realizar reformas econômicas específicas.

Além disso, o FMI monitora a economia mundial e oferece assistência técnica e treinamento aos seus membros.