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Uma segunda chance para a Dudalina?

Restoque, dona da marca, tem um plano para converter dívida em ações.

09 de junho de 2022 - 13:34
Famosos como Bruna Marquezine também já usaram camisas da Dudalina. Foto: Divulgação/AGNews

Famosos como Bruna Marquezine também já usaram camisas da Dudalina. Foto: Divulgação/AGNews

O conselho da Restoque, empresa varejista brasileira, tem um novo plano de conversão da dívida de R$ 1,6 bilhão da empresa em ações — o que pode dar uma segunda chance para suas marcas: Dudalina, Le Lis Blanc e John John.

Com papéis negociando entre 20% e 30% do seu valor de face na compra de debêntures, a aposta do mercado era que a Restoque era irrecuperável, avalia o site especializado Brazil Journal.

Das três marcas, a mais conhecida é a Dudalina, que foi comprada pela Restoque em 2014. Na época, a marca catarinense de roupas de alto padrão era avaliada em R$ 2 bilhões.

Em 2012, a Dudalina registrou um faturamento de R$ 349,5 milhões, e em 2014 possuía cerca de 100 lojas no país.

Fátima Bernardes e Ana Paula Padrão usavam roupas da marca no horário nobre quando apresentavam o Jornal Nacional e o Jornal da Record, respectivamente.

Valério Marega Júnior, sócio da WNT Capital, gestora focada em crédito e special situations que arquitetou a recapitalização da Restoque, destacou ao site Brazil Journal que os problemas da empresa incluem a ausência de um e-commerce efetivo durante a pandemia.

“A Restoque tinha um problema a mais, porque além de não ter condição de vender – porque as lojas estavam fechadas – o e-commerce deles ainda não estava bem implementado e mesmo que estivesse, as pessoas não iam comprar roupas para ir em festas", disse Marega.

Mesmo com o plano dando uma segunda chance, a Restoque precisa dobrar seu faturamento e seu EBITDA, que no ano passado foram de R$ 1,1 bilhão e R$ 92,9 milhões respectivamente, e ainda assim a empresa talvez não consiga quitar sua dívida.