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Wiz rejeita oferta de US$ 23 bi da Google

Startup de cibersegurança prefere focar no crescimento para um futuro IPO.

23 de julho de 2024 - 16:45
Foto: Deposit Photos.

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A Wiz, startup norte-americana de segurança cibernética, recusou uma oferta de aquisição de US$ 23 bilhões por parte da Alphabet, dona da Google.

De acordo com o site TechCrunch, o valor proposto representava um prêmio substancial sobre a última avaliação da empresa, de US$ 12 bilhões.

No entanto, a equipe de gestão da Wiz, com o apoio de investidores, optou por permanecer independente. O principal motivo é focar em atingir seus próximos marcos: US$ 1 bilhão em receita recorrente anual e uma futura oferta pública de ações.

“Sei que a última semana foi intensa, com o burburinho sobre uma potencial aquisição. Embora estejamos lisonjeados com as ofertas que recebemos, escolhemos continuar em nosso caminho para construir a Wiz”, escreveu Assaf Rappaport, CEO da Wiz, em um email enviado aos funcionários da empresa.

De acordo com o CEO, a validação de mercado vivenciada após as notícias de uma possível venda reforça os objetivos da companhia.

"Dizer não a ofertas tão arrebatadoras é difícil, mas com nossa equipe excepcional, sinto-me confiante em fazer essa escolha", disse Rappaport.

A Wiz foi criada em Israel em 2020, mas é sediada em Nova Iorque. Seus fundadores são quatro ex-oficiais militares israelenses que, anteriormente, já tinham criado uma empresa de cibersegurança em nuvem chamada Adallom, adquirida pela Microsoft por US$ 320 milhões.

Cada um deles supostamente possui 9% da Wiz, enquanto os financiadores de risco incluem Index Ventures, Sequoia Capital e Thrive Capital.

Em apenas quatro anos, a startup se tornou uma das empresas que mais cresceram no mundo com soluções de segurança baseadas em computação em nuvem. Sua ferramenta é capaz de detectar ameaças em tempo real e dar respostas rápidas em inteligência artificial.

Atuando com vários provedores de computação em nuvem, como Microsoft e AWS, a Wiz conta com clientes como Morgan Stanley, DocuSign e 40% das companhias da Fortune 100. Hoje, conta com 1,2 mil funcionários nos Estados Unidos, Europa, Ásia e Israel.

Em 2023, a empresa teve receita de US$ 350 milhões. Recentemente, levantou US$ 1 bilhão em uma rodada de financiamento privado.