Sterling Anderson (Foto: Divulgação)
Sterling Anderson, executivo que lidera a tecnologia na General Motors como vice-presidente executivo e Chief Product Officer (CPO), seria o principal candidato a sucessor de Mary Barra, Chief Executive Officer (CEO) da montadora desde 2014.
A sucessão entrou em pauta diante da possibilidade de Barra se aposentar ao passo que seu aniversário de 64 anos se aproxima. Porém, ainda é possível que a profissional decida dar continuidade à sua carreira.
Barra está na companhia desde 1980, quando ingressou através de um programa de educação cooperativa, alternando entre períodos de estudo e trabalho remunerado, na divisão de motores Pontiac.
Ao longo de sua trajetória, tornou-se superintendente, engenheira, gerente, vice-chairwoman, diretora geral, diretora executiva, vice-presidente, vice-presidente sênior e, finalmente, CEO.
Anderson, por sua vez, juntou-se à empresa em junho deste ano, após deixar a Aurora Innovation, companhia especializada em sistemas self-driving que cocriou em 2016.
Antes disso, foi líder de produtos e diretor de programas de autopiloto da Tesla por dois anos, além de ter sido sócio e gerente de engajamento da McKinsey & Company.
Entre 2012 e 2013, também cofundou a Gimlet Systems, empresa de tecnologia mecânica, após atuar como pesquisador do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
De acordo com o Bloomberg Línea, em sua contratação, a General Motors entendeu que, dado seu histórico, o executivo poderia estar à altura de substituir Barra, com foco em softwares de ponta e tecnologia de condução autônoma para carros.
O objetivo seria que o profissional trouxesse mais poder de computação aos veículos da marca, aprimorando o controle de funções mecânicas de seus softwares e criando recursos que gerem receita de longo prazo.
O portal aponta que um de seus focos também seria tornar os veículos da empresa mais lucrativos.
Por enquanto, não há garantia de que o executivo, de fato, assuma o comando da empresa. Além disso, o Bloomberg Línea reforça que, caso a especulação se concretize, pode não ser um processo rápido.
No mercado desde 1908, a General Motors é uma gigante automotiva americana que encerrou o ano de 2024 com uma receita de US$ 187,4 bilhões e um lucro operacional de US$ 14,9 bilhões, impulsionado principalmente pela venda de picapes e SUVs de alta margem nos Estados Unidos.
Com cerca de 6 milhões de veículos entregues globalmente, a montadora manteve sua liderança no mercado americano com 2,7 milhões de unidades vendidas, embora enfrente uma retração desafiadora na China.
Para 2025, a empresa projeta um lucro líquido entre US$ 7,7 bi e US$ 8,3 bilhões, focando na melhoria da rentabilidade de sua linha de elétricos e na manutenção da eficiência operacional que hoje garante um lucro médio de quase US$ 2 mil por veículo comercializado.
