FERROVIAS

Rumo implementa Starlink em locomotivas

Ideia é complementar os sistemas de comunicação já usados, como rede móvel e satélite tradicional.

14 de outubro de 2025 - 13:40
Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

A Rumo, maior operadora ferroviária de cargas do país, implementou a tecnologia da Starlink, companhia de Elon Musk especializada em banda larga de alta potência para regiões remotas, em todo o Brasil.

Segundo a empresa, o projeto visava complementar os sistemas de comunicação já usados, como rede móvel e satélite tradicional, funcionando como uma “terceira via” de conexão. 

A instalação da rede Starlink começou em fevereiro deste ano com a meta de ter cerca de 400 locomotivas equipadas com antenas que se conectam a satélites em baixa órbita.

Testes de campo mostraram estabilidade de sinal superior a 97%, permitindo a transmissão de dados operacionais, suporte técnico remoto e atualizações de software sem impactar a circulação dos trens.

Segundo a Rumo, o investimento ampliou a segurança de suas operações, permitindo atendimento ágil e eficiente em caso de ocorrências durante o percurso. As informações circulam quase em tempo real, oferecendo baixa latência.

No momento, a tecnologia está presente nas atividades da companhia em São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Tocantins.

“Essa solução não apenas garante a continuidade das nossas operações em qualquer cenário, como também abre caminho para um futuro com trens cada vez mais conectados, inteligentes e seguros”, afirma Marco Andriola, diretor de tecnologia da Rumo.

Fundada em 1997, a Rumo é a maior operadora ferroviária de cargas do Brasil. Com mais de 13 mil quilômetros de ferrovias, sua malha conecta nove estados: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Tocantins.

A base operacional da companhia inclui 1,2 mil locomotivas, 33 mil vagões, 10 terminais de transbordo e seis terminais portuários. 

Fundada em 2002, a Starlink possui mais de 6,8 mil satélites ativos e milhões de usuários no mundo. A receita da empresa em 2022 foi de US$ 1,4 bilhão, um aumento de 630% em relação aos US$ 222 milhões de 2021. Em 2023 e 2024, os números não foram divulgados.